Declaração de Roberto Rocha contra Dino foi irresponsabilidade, diz Othelino
O vice-presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), mostrou indignação com declaração feita pelo senador Roberto Rocha (PSDB), durante depoimento na reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga as doações e possíveis irregularidades cometidas pela empresa JBS. Ele classificou de irresponsabilidade a suposição, feita pelo tucano, de que a empresa JBS teria dado, de forma irregular, R$ 11 milhões para o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
“Vi, mais uma vez, espantado, a irresponsabilidade do senador Roberto Rocha. Numa cena em que parecia desconectado da realidade, ele dava a entender que estava em transe. Resolveu tirar, sei lá de onde, essa declaração irresponsável. Isto não apareceu em nenhuma delação, não foi suposto por ninguém, apenas por ele, num ato que expressa ódio, destempero, despreparo e arrogância de quem se arvora da imunidade parlamentar para caluniar pessoas de bem”, comentou Flávio Dino.
Segundo Othelino, a ira de Roberto Rocha é, especialmente, motivada porque o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a abertura de inquérito para apurar possíveis irregularidades cometidas na campanha do senador para o Senado, a partir de denúncia feita pelo então candidato Gastão Vieira (PMDB). Este inquérito por nº 4610, do Supremo Tribunal Federal (STF), que está tramitando em segredo de Justiça, apura possíveis irregularidades na prestação de contas, inclusive supostas falsificações de documento, o que incomoda o senador.
Para Othelino Neto, em mais um devaneio, Roberto Rocha quis atribuir este inquérito ao governador Flávio Dino como se ele tivesse poder de influenciar naquilo que propõe o procurador Rodrigo Janot. “A irresponsabilidade realmente é de espantar. Mas o político que sugeriu, que difamou, no caso da JBS, especificamente, é o mesmo que votou contra as medidas cautelares que haviam sido determinadas pelo Supremo Tribunal Federal para serem aplicadas contra o senador Aécio Neves em razão das relações estranhas, possivelmente, espúrias com a JBS. Fatos esses que foram alvo de gravação pelo próprio proprietário da empresa, hoje preso, e que geraram a denúncia pelo Ministério Público Federal, pedindo o afastamento do parlamentar e a imposição de medidas cautelares”, comentou.
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