terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Da janela, pais viram filho morrer ao atravessar passarela no Rio


Rapaz estava na passarela atingida e foi arremessado para córrego, cinco minutos depois de sair de casa.
Da redação "Correio 24 horas."
Adriano estava na passarela e morreu

Adriano era o filho único de Ednalva. A família vive perto da Linha Amarela, em frente ao ponto onde aconteceu o acidente. Mesmo estando próxima, Ednalva não quis ir até lá por não querer se deparar com o filho morto. "Sempre vi os caminhões passando aqui correndo muito, mas não dava para pensar numa desgraça assim. Meu filho era um rapaz cheio de sonhos. O melhor filho que uma mãe poderia querer. Comecei a amá-lo incondicionalmente quando ele ainda estava na minha barriga", contou, chorando.
O corpo do rapaz foi encaminhado ao Instituto Médico Legal. Um tio de Adriano, Luis Carlos de Assis Bezerra, 50 anos, reclamou da falta de apoio de autoridades e empresas envolvidas. "Ninguém da Lamsa nem da prefeitura nos procurou para nos dar qualquer apoio. Meu sobrinho era um rapaz trabalhador. O mínimo que poderiam fazer era nos dar um pouco de apoio. A família está arrasada. Foi graças à empresa em que meu sobrinho trabalhava que conseguimos resolver tudo em relação ao sepultamento", denunciou.
A Lamsa é a concessionária responsável por administrar a Linha Amarela. Além de Adriano, outras três pessoas morreram no acidente.
A mãe de uma das vítimas do acidente na Linha Amarela, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28), contou que o rapaz tinha saído de casa para trabalhar há apenas 5 minutos quando o acidente aconteceu. Adriano Pontes de Oliveira, 26 anos, estava na passarela que desabou depois que foi atingida pela caçamba de um caminhão.
"Eu vi meu filho sendo arremessado, foi a pior cena da minha vida. Nunca imaginei que iria ver meu filho morrer", desabafou Ednalva Pontes, 46 anos, ao "Extra". Depois que a passarela foi atingida, Adriano foi jogado e acabou caindo em um córrego. Ele morreu enquanto era socorrido por bombeiros. 
"Meu marido e eu estávamos na laje de casa, limpando e pendurando roupas quando eu vi a carreta bater na passarela. Foi nesse momento que vi meu filho sendo arremessado. Eu o reconheci pela roupa", diz Ednalva. O pai de Adriano, Cirilo, também viu o acidente e saiu correndo para tentar ajudar o filho.

Queda de passarela deixa pelo menos quatro mortos e três feridos no Rio



Pelo menos quatro pessoas morreram e três ficaram gravemente feridas após a queda de uma passarela, por volta das 9h15 desta terça-feira, na Linha Amarela, sentido avenida Brasil, na altura do bairro Pilares, zona norte do Rio. A estrutura desmoronou ao ser atingida pela caçamba de um caminhão.
Agência Brasil
Pelo menos quatro pessoas morreram e três ficaram gravemente feridas após a queda de uma passarela, por volta das 9h15 desta terça-feira, na Linha Amarela
Pelo menos dois carros foram esmagados pela passarela, que mede 4,5 metros de altura. Por volta das 10h20, bombeiros socorriam vítimas no local.
Um homem foi arremessado próximo a um canal que divide a via. Em entrevista a rádio CBN, um motorista afirmou que viu um homem sendo projetado da passarela no momento do acidente. Marcos Vinícius Rodrigues contou que achou que um pneu de um caminhão tinha soltado e atingido seu carro.
'Escutei um barulho e o meu carro chegou a ser projetado para o lado. Pensei que fosse um pneu de caminhão. Foi na hora que saí para ver o que tinha acontecido é que vi um rapaz de camisa lilás sendo arremessado da passarela. Ele caiu no canal. Estava se afogando quando dois rapazes mergulharam e retiraram ele dali', disse à CBN.
'Foi questão de segundos, se eu contasse seriam dois ou três segundos e eu estaria ali debaixo daquela passarela. Graças a Deus estou aqui', contou emocionado.
Agência Brasil
A estrutura desmoronou ao ser atingida pela caçamba de um caminhão
Testemunhas disseram aos bombeiros que pelo menos duas pessoas estavam em cima da passarela e foram arremessadas da estrutura no momento do acidente. Um táxi foi totalmente esmagado. Até as 10h, duas vítimas foram socorridas.
Um helicóptero do Corpo de Bombeiros pousou num campo de futebol de uma comunidade vizinha para ajudar no resgate das vítimas. A prefeitura informou que não há previsão para a liberação da via.
Segundo a Lamsa, concessionária que administra a via, técnicos do Centro de Controle da Linha Amarela auxiliam os bombeiros e analisam as imagens das câmeras da via para confirmar se o motorista do caminhão teria provocado o acidente porque circulava com a caçamba levantada.
Ainda de acordo com a Lamsa, o veículo andava irregular na pista, já que nesse horário é proibida a circulação de veículos de grande porte. Um guindaste está sendo deslocado para levantar a estrutura no local.
Caminhão que derrubou passarela tem identificação da prefeitura carioca
O caminhão que derrubou a passarela da Linha Amarela na manhã de hoje tinha um logotipo escrito que trabalhava "a serviço da Prefeitura do Rio". A informação foi confirmada pelo Batalhão de Vias Especiais da Polícia Militar. No horário do acidente, caminhões são proibidos de circular pela via.

Segundo a concessionária que administra a via, é proibida a circulação de veículos de carga das 6h às 10h e das 17h às 20h em dias úteis, em ambos os sentidos.  A caçamba tinha a inscrição também da empresa Arco da Aliança.

Segundo o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), o caminhão tinha altura passa passar em baixo da ponte. "O que estamos investigando é o porquê de ele estar com a caçamba levantada", disse, em entrevista à imprensa.
Agência Brasil
O caminhão que derrubou a passarela da Linha Amarela na manhã de hoje tinha um logotipo escrito que trabalhava "a serviço da Prefeitura do Rio"

 





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