Futebol / G1
Ela fez Blatter esperar antes de encontro marcado justamente para falar sobre atrasos nas obras. Mas tanto ela como o cartola procuraram mostrar otimismo
"Essa será uma grande Copa", afirmou Blatter, que apenas há duas semanas havia dito que nunca havia visto um país-sede tão atrasado na preparação para o torneio
A presidente Dilma Rousseff garantiu nesta quinta-feira, em Zurique, na Suíça, durante encontro na sede da Fifa com o presidente da entidade, Joseph Blatter, que as cinco arenas ainda não entregues pelo país-sede estarão prontas para a Copa do Mundo - segundo ela, fazer estádio "é o mais simples" em meio a todos os preparativos para o torneio. Antes e depois da reunião, que durou cerca de uma hora e 40 minutos, Dilma e Blatter tentaram mostrar que o governo e a entidade estão unidos e que há otimismo na contagem regressiva para o evento. Foi a primeira visita de Dilma Rousseff à sede da Fifa - e a presidente, que discutiria, entre outras coisas, o descumprimento dos prazos assumidos pelos brasileiros, chegou atrasada para o compromisso.
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A presidente recorreu a um termo que tem adotado com cada vez mais frequência para promover o evento, dizendo que ele será a "Copa das Copas". Também reiterou que os torcedores estrangeiros não terão problemas no país. "Podem vir ao Brasil. Vocês serão recebidos de braços abertos", disse. Ela não quis, porém, responder às perguntas dos jornalistas sobre a situação do estádio de Curitiba, que está ameaçado de ser retirado do torneio em razão dos atrasos nas obras. Nem ela nem Blatter aceitaram responder aos questionamentos dos jornalistas. Em uma iniciativa coreografada, Dilma e Blatter deram as mãos, sorriram e trocaram elogios mútuos.
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"Essa será uma grande Copa", afirmou Blatter, que apenas há duas semanas havia dito que nunca havia visto um país-sede tão atrasado na preparação para o torneio. Nesta quinta-feira, no entanto, as críticas foram deixadas de lado pelo presidente da Fifa. "Não haverá problemas. No final tudo se resolve, principalmente no Brasil", disse Blatter, que agora afirma estar acostumado ao "jeitinho brasileiro". Dilma também deu suas garantias de que o Mundial será um sucesso. "Estamos preparados", insistiu. Um dos objetivos da reunião foi o de mostrar que o Brasil estará totalmente comprometido com a Copa. O encontro, no entanto, acabou sendo adiado porque Dilma se atrasou, fazendo o cartola esperar.
Estádios Privados
O ministro do Esporte do governo Lula prometia uma Copa totalmente privada, sem uso de dinheiro público nas arenas. Entre as doze sedes do Mundial, porém, só três (São Paulo, Curitiba e Porto Alegre) são empreendimentos particulares - e mesmo essas obras dependem de financiamento de bancos estatais e generosos incentivos públicos.
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