segunda-feira, 20 de julho de 2015

Unidade Prisional de Imperatriz dá exemplo de ações de trabalho e renda para apenado


Apenados durante o trabalho na unidade prisional de Imperatriz.

Um percentual de 44% dos internos da Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) de Imperatriz realiza algum tipo de atividade profissional. O índice, apurado este mês pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Sejap), reflete o valor que o Governo do Estado vem conferindo às atividades de ressocialização dentro das penitenciárias do Maranhão.
Segundo gestores da Sejap, o índice positivo foi alcançado por meio de parcerias com outros órgãos públicos e empresas privadas, estratégia que impulsiona a execução de cursos profissionalizantes para os 356 internos. O objetivo é que, além dos cursos, haja uma rotatividade ágil de inserção dos apenados no mercado de trabalho.
Apenados durante o trabalho na unidade prisional de Imperatriz.
Apenados durante o trabalho na unidade prisional de Imperatriz.
O chefe de cartório da UPR de Imperatriz, Joanes Pereira, é um dos servidores engajados nos esforços de proporcionar alternativas que ajudem os internos a participarem das ações.
Há ainda outra atividade desenvolvida na UPR de Imperatriz. Pelo menos 75 detentos realizam trabalhos artesanais, o que incentiva a criatividade em prol da liberdade digna. É organizado pelas supervisões de Trabalho e Renda e a de Assistência Psicossocial da Sejap.
“O objetivo é estimular os internos da ociosidade a terem uma profissão fora do cárcere. A perspectiva é que o projeto seja expandido, pois a UPR de Imperatriz foi contemplada pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) com dois novos cursos: serralheria e corte e costura industrial”, informou a supervisora de Trabalho e Renda, Grazielle Bacellar, supervisora de Trabalho e Renda.
Entre os trabalhos e cursos realizados pelos internos da UPR de Imperatriz, estão o de confecção de almofadas, telas, decorações em gesso, miniatura de barcos de madeira, além de outros materiais feitos com palitos de picolé. Depois de prontos, os produtos são vendidos, e o valor é destinado ao sustento das próprias famílias dos internos. Para completar os 44% de presos em atividade, a unidade prisional tem ainda mais 18 internos que trabalham no setor de serviços gerais.
Joanes Pereira lembrou, também, o projeto Raiar da Liberdade, iniciado esta semana em São Luís e desenvolvido em parceria com a empresa Ciclista Bodim. “A ideia de batizar o projeto com esse nome é uma junção da atividade de montar rodas de bicicletas e motos, na qual os internos fixam os raios nas rodas e, ao mesmo tempo, reduzem um dia de pena a cada três dias trabalhados”. Os facilitadores são profissionais capacitados, disponibilizados pela empresa.
As aulas são ministradas de segunda a sexta-feira em uma cela adaptada para 15 internos. Após a montagem, as rodas são vendidas em lojas do segmento “duas rodas”, na cidade.
O projeto conta com parceria com o Tribunal de Justiça e a empresa privada Ciclista Bodim. Tem o objetivo atender dez internos no decorrer de seu processo. Os materiais necessários para confecção das rodas, da mesma forma, serão oferecidos pela empresa.
Desde o início do projeto, 13 apenados receberam a liberdade com a ajuda da remissão de pena, conquistada pelo trabalho dentro do presídio.
Maranhão da Gente

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