Presidente da Câmara de Santa Quitéria barra CPI para investigar prefeito Moreirão
Mesmo com a Câmara Municipal de Santa Quitéria lotada de populares, com faixas nas mãos pediam a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquéritos para investigar as suspeitas de corrupção da administração do prefeito Sebastião Moreira (PR), o ‘Moreirão’, uma manobra desrespeitou o parlamento e o povo, e barrou a CPI.
Os populares aguardavam a criação da Comissão desde a última semana, quando novamente lotaram o palácio legislativo, pedindo o fim da corrupção no município. Na referida sessão o presidente da casa, Antonio José dos Santos Araújo, não esteve presente, alegando que estaria doente. O detalhe é que ele tentou boicotar de todas as maneiras a realização da mesma, supostamente ordenando aos funcionários da casa, que fechassem todas as dependências do recinto e desligassem os aparelhos de sonorização.
Na ultima sessão, após abertura, o presidente da Câmara de imediato ignorou a leitura da ata da sessão anterior, alegando que a mesma não seria válida, mesmo tendo ocorrido com quórum, conduzida pelo vice-presidente Raimundo Nonato Ferreira (Nonato da Colônia), e registrada em ata. A atitude do edil irritou os demais colegas, prenunciando o clima tenso que reinaria durante toda sessão.
Na pauta da casa dois requerimentos, um que pedia a criação de uma comissão médica, para avaliar as capacidades físicas e mentais do prefeito do município, haja vista as lesões causadas pelo AVC que sofreu, e a outra para instauração da CPI, para investigação das denúncias de desvios de recursos em diversas secretarias.
Após leitura do secretário da casa, de ambos os requerimentos, eis que o presidente da casa anunciou que os requerimentos seriam entregues ao assessor jurídico da casa, identificado como Salatiel, para somente na outra semana voltar a ser julgados, como se ali estivesse projetos de lei, que fizesse necessário parecer jurídico e de comissões. O público presente ficou eufórico e entoou sonoras vaias. Os demais parlamentares iniciaram um bate boca, cobrando a votação imediata dos requerimentos, em especial o que tratava da CPI.
Antônio “Crispim”, como popularmente é conhecido, empurrou a batata quente pra o assessor jurídico da casa, que tentou remendar de todas as maneiras a decisão do edil, irritando ainda mais o povo e parlamentares presentes. O líder do governo, Domingos do Nascimento Viana, até que tentou ajudar, mas o povo inconformado o calou ao som de mais vaias.
O próprio vice-presidente, Nonato da Colônia, chegou a questionar a autoridade do assessor, lembrando que ele era apenas um funcionário daquela casa e que as decisões ali tomadas eram de responsabilidade de seus legítimos membros.
Por fim, após calorosas e eufóricas discussões, o presidente da casa usou do microfone para tascar: “Declaro a sessão encerrada”, num total ato de desrespeito aos colegas e ao povo, que aguardava ansioso o desfeche da sessão.
O edil vendo o povo e colegas irritados com sua injustificada atitude, saiu de fininho. Uma cena lamentável e vergonhosa.
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