terça-feira, 15 de setembro de 2015

19 governadores participam da reunião com Dilma Roussef em meio a crise no País



Bloqueio de R$ 26 bilhões aumentará a crise no Brasil no governo petista
A presidente Dilma Rousseff recebeu governadores para um jantar no Palácio da Alvorada na segunda-feira (14). O encontro começou horas após o governo federal anunciar o bloqueio de R$ 26 bilhões no Orçamento de 2016 e nova rodada de alta de tributos, com a proposta de retorno da CPMF. Também foram ao palácio para o encontro sete ministros, incluindo Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento).
De acordo com a Secretaria de Imprensa da Presidência da República, participaram da reunião 19 governadores, das seguintes unidades da federação: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins, Rondônia e Roraima. Até a última atualização desta reportagem, 14 governadores estavam presentes.
O jantar ocorre horas depois de os ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa terem anunciado uma série de medidas para equilibrar as contas do governo em 2016. Dilma deve aproveitar para apresentar as propostas e buscar respaldo dos governadores, que podem ajudar no convencimento dos parlamentares de cada base estadual. Só que o pacote prevê, entre outras medidas, a volta da CPMF com estimativa de que a alíquota de 0,20% fique integralmente para a União, diferente do que vinha sendo conversado com os Estados.
Em coletiva o ministro Joaquim Levy anunciou o relançamento da CPMF com alíquota de 0,2%. Com a medida, o governo federal espera arrecadar R$ 32 bilhões ao ano. Toda a arrecadação da CPMF deverá ficar com o governo, não sendo dividida entre estados e municípios.
A volta da CPMF era um pedido recorrente dos mandatários estaduais. Na última semana, em encontro com o vice-presidente da República, Michel Temer, governadores do PMDB já solicitaram o retorno da contribuição.
Orçamentos deficitários

A reunião ocorre em momento delicado não só para o Executivo federal como para os estados. No último dia 31, pela primeira vez, o governo federal entregou ao Congresso Nacional um projeto de Orçamento prevendo gastos maiores que as receitas (déficit). A estimativa para 2016 é de déficit de R$ 30,5 bilhões, o que representa 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB)
No Rio de Janeiro, o governador do Luiz Fernando Pezão (PMDB) calculou que o déficit carioca deve ser próximo de R$ 11 bilhões. O governo de Minas Gerais anunciou um déficit nominal de R$ 3,7 bilhões no orçamento do próximo ano.

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