sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Facebook pode ser processado por censurar tela ‘A Origem do Mundo’


Folha.com
Sebastien Bozon/AFP
(FILES) -- This file photo taken on June 3, 2014, in Ornans, eastern France, shows two museum employees installing French 19th Century painter Gustave Courbet's 1866 oil on canvas "L'origine du monde" (The origin of the World) at the Courbet museum. A Paris court ruled on March 5, 2015 that US-based social media site Facebook can be judged in France, in a case brought by a French user whose Facebook account was blocked by the company after he posted a photo of Courbet's painting to promote a television program on the painter. AFP PHOTO / SEBASTIEN BOZON ORG XMIT: 100 ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
“A Origem do Mundo” (1866), de Gustave Courbet, em foto no Museu Courbet em Ornans, na França
DA EURONEWS
Um tribunal de Paris decidiu que o Facebook pode ser processado por ter bloqueado a conta de um utilizador francês que publicou uma fotografia de uma pintura famosa do século 19.
Frederic Durand-Baissas, um professor parisiense de 57 anos que gosta de arte, viu a conta na rede social suspensa há cinco anos sem aviso, no dia em que postou uma fotografia do quadro ‘A Origem do Mundo’ de Gustave Courbet, de 1886, e que mostra uma vagina.
Frederic Durand-Baissas lembra que “infelizmente vemos no Facebook coisas muito mais violentas. Já vi homicídios, execuções. Prefiro ver um quadro de um artista francês que execuções. Por isso, não compreendo a censura feita pelo Facebook aos artistas e não entendo porque não exista para as execuções. Incomoda-me muito, por isso levantei a questão”.
Há alguns meses, o departamento legal da maior rede social do mundo chegou a dizer que, como o acesso ao Facebook é gratuito e a empresa tem sede na Califórnia, não teria de prestar contas à justiça francesa (tal como está escrito nas condições de utilização da rede de Mark Zuckerberg). Uma opinião que não é partilhada pelo tribunal de Paris, que agora pode abrir um precedente legal em França, onde o Facebook tem mais de 30 milhões de utilizadores.

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