Memória 1996 à 2003
Um funcionário do médio clero do Banco do Brasil e também
militante das mudanças, mas sem nenhuma experiência política, pois nunca havia
sido candidato, Egídio Júnior, era agora desafeto de Bebeto, na época que meses
antes, depois de uma forte discussão e princípio de agressão mútua, mandou
prendê-lo.
O antigo e forte aliado do prefeito assumiu a condição,
agora, de candidato adversário. A velha oligarquia, que muitos pensavam ter
entrado em estado falimentar, aos poucos começava a renascer e a mostrar os
dentes. Não se sabia no entanto, se o eleitorado assimilaria o novo personagem,
considerando seu grave problema com o alcoolismo, fato do conhecimento de
todos.
O único atrativo que Egídio Júnior, possuía era assistência
que prestava a um grande número de pessoas, na condição de funcionários do
Banco do Brasil. Os recursos financeiros de que dispunha para a campanha eram
bastante reduzidos, em relação aos do bloco situacionista, muito bem dotado
financeiramente, com toda máquina municipal a seu favor. Esqueceram-se,
entretanto, do latente legado de Merval e Zilmar, naquela época.
A eleição de 3 de Outubro, de 1996, elegeu Egídio Conceição
Júnior, como o décimo primeiro prefeito, desde a emancipação do município de
Tutoia, em 1938. Colocaram sangue nas cinzas do vampiro político Zilmar Melo e
este se materializou e passou a sugar os votos dos seus adversários. Que isso
sirva de exemplo e lição para quem acha que pode se perpetuar no poder, somente
pelo fato de vencer uma eleição com ampla vantagem de votos.
O eleitor de hoje, assim como coloca, também tira do cargo.
É necessário pôr este princípio em prática na hora de dar o voto também para os
insaciáveis candidatos a vereador, principalmente aqueles que não querem, em
hipótese alguma, largar o osso e gastam uma elevada dinheirama, normalmente
doada pelo prefeito, para se manter no cargo. O mercantilismo eleitoral, além
de ser crime é também uma prova de falta de vergonha.
"Livro 70 anos Tutoia"
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