O ministro Teori Zavascki liberou ainda na última sexta(19) para julgamento no plenário do STF o inquérito em que a Procuradoria Geral da República pede a abertura de ação penal contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, acusado no âmbito da Operação Lava Jato de corrupção e lavagem de dinheiro. Com mais este passo, Eduardo Cunha e Renan Calheiros ficam na mesma situação - processos contra eles aguardando que o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, os coloque em pauta em plenário.
De acordo com o Ministério Público, Eduardo Cunha teria se beneficiado do pagamento de propina por parte de empresas fornecedoras da Petrobras. O nome dele foi citado no caso da compra de sondas pelo empresário Julio Camargo, um dos delatores da Operação Lava Jato.
Embora o governo considere positivo o avanço do processo contra Cunha, porque isso enfraquece o presidente da Câmara, claro desafeto da presidente Dilma, há a preocupação com o fato de os processos contra os presidentes das duas Casas do Legislativo andarem juntos. Renan tem sido um aliado importante para o Palácio do Planalto. E, como o processo contra ele andou primeiro, relatado pelo ministro Edson Fachin no STF, há a preocupação com o risco de o senador ser processado antes - para autoridades do governo, Renan tem sido feito o papel de contra-ponto a Cunha no Legislativo.
Ainda na sexta, os dois presidentes, da Câmara e do Senado, terceiro e quarto na linha sucessória, aguardam a decisão do STF sobre processo contra eles. No caso de Cunham a suspeita é de corrupção e lavagem de dinheiro. No de Calheiros, suspeita de ter tido contas pagas com dinheiro de empreiteira, supostamente, segundo o MP, oriundo de propina. Ao mesmo tempo, a presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer também respondem a ação no TSE que pode, no limite, levar à cassação do diploma dos dois.
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