Entidade criticou atos de violência em protestos contra afastamento de Dilma. Agressões foram feitas por manifestantes e policiais que atuavam nos atos.
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) divulgou nota nesta quinta-feira (1º) na qual condena as agressões sofridas na véspera por jornalistas, em diferentes cidades do país, durante a cobertura jornalística do último dia do julgamento do processo de impeachment de Dilma Rousseff.
Os profissionais da imprensa foram agredidos por manifestantes contrários ao afastamento definitivo de Dilma da Presidência da República e por policiais que atuaram em protestos organizados por simpatizantes da petista.
Leia a íntegra da nota divulgada pela ANJ:
ANJ protesta contra agressões a jornalistas e ameaças a empresas jornalísticas
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) condena as agressões e ameaças dirigidas ontem contra jornalistas e empresas jornalísticas em diferentes cidades do país, por parte de manifestantes contrários ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e por forças policiais que tratavam de reprimir atos de vandalismo.
Os atos praticados pelos manifestantes foram iniciativas intoleráveis de intimidação. Já as agressões e destruição de registros fotográficos dos acontecimentos por parte de policiais militares contra profissionais devidamente identificados caracterizam violência e arbitrariedade inaceitáveis.
Em ambos os casos, além de colocar em risco a integridade física de profissionais no exercício de sua atividade, tais ações são uma afronta ao direito da sociedade de ser livremente informada, por agredirem o jornalismo na sua essência.
Não se pode confundir o direito à manifestação com vandalismo, nem manutenção da ordem com violência e censura. A ANJ espera que as autoridades apurem os casos ocorridos ontem, lhes dê o devido tratamento legal e se empenhe de forma permanente em preservar o livre exercício do jornalismo.
Brasília, 1º de setembro de 2016.
Associação Nacional de Jornais
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