Almeida Galhardo era um dos mais promissores poetas de sua geração.
Almeida Galhardo, da esperança da nova Atenas ao poeta esquecido
por Euges Lima (historiador)
Almeida Galhardo era um dos mais promissores poetas de sua geração, foi membro fundador do Centro Cultural Gonçalves Dias (1944), agremiação que congregava e representava a nova geração da intelectualidade maranhense que pretendiam movimentar o cenário cultural de São Luís. Faziam parte dessa associação cultural nomes como Nascimento Morais Filho, Ferreira Goulart, Lago Burnett, Vera-Cruz Santana, Reginaldo Teles, João Lima Sobrinho e tantos outros jovens poetas maranhenses que começavam a despontar nos anos de 1940.
Galhardo, era natural de Tutóia, nascido em 2 de dezembro de 1922. Veio para São Luís aos 14 anos para o Seminário Santo Antônio para ser padre e realizar o desejo dos pais, porém, percebeu que não tinha vocação para o sacerdócio e deixou a vida clerical, iniciando sua carreira como jornalista, cronista esportivo, poeta e aviador.
Infelizmente, numa tragédia que gerou muita comoção e abalou São Luís em 8 de agosto de 1948, "o poeta das Gaivotas" , que tanto cantou a liberdade do vôo das gaivotas e o azul infinito do céu, que adorava voar, tragicamente e ironicamente, aos moldes dos poetas românticos, morreu jovem, aos 26 anos, em consequência de um acidente de avião no então povoado da Forquilha.
Galhardo teve sua vida, sua obra e seus sonhos interrompidos, no auge de sua juventude e carreira promissora, era muito querido pelos seus amigos e companheiros de trabalho e deixou uma enorme lacuna nas áreas que militou. Várias homenagens foram publicadas nos jornais após sua morte. Embora muito jovem e em início de carreira, deixou uma obra e uma história, que há muito esquecida, merece ser revivida e registrada. Segundo Nascimento Morais Filho (1948): “Almeida Galhardo é incontestavelmente, um dos autênticos representantes da nova geração maranhense e o astro mais arrojado e o mais audacioso que possuímos nos últimos tempos”.
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