terça-feira, 18 de novembro de 2014

Maranhão tem mais de 1,1 MILHÃO de MISERÁVEIS, aponta IPEA


Espelho no Maranhão



Da Redação/ O 4º PODER
Ilustração
Ilustração
O governo do Maranhão tenta por todos os meios fraudulentos através da mídia e discursos que não se sustentam, de que diminuiu a miséria e pobreza extrema em nosso Estado, tentando desmerecer o trabalho realizado por uma das instituições mais respeitadas do país. De acordo com divulgação do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – IPEA, hoje existem no Brasil 10,4 milhões de miseráveis, pessoas que têm como referência de renda apenas 70 reais. O maior número deles está na Bahia 14%, vindo em seguida o Maranhão com 11% e posteriormente São Paulo 10% e Ceará com 9%.
     Desde o ano de 2010, a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais na Agricultura do Maranhão vem denunciando a existência de mais de 700 mil pessoas em plena miséria no meio rural do Maranhão, destacando que foi a partir da extinção do Serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural do Maranhão pela governadora Roseana Sarney, o Maranhão perdeu totalmente a referência de produção agrícola comunitária. Os milhares de projetos do Pronaf, com financiamentos para pequenos agricultores familiares acabam por empurrá-los para a miséria. Sem assistência, sem orientações necessárias para a produção e produtividade, eles acabam sendo endividados e engrossam os números dos que estão sendo processados por estabelecimentos de crédito. A última vez que o Maranhão foi destaque nacional com a produção agrícola ocorreu no governo Luís Rocha, quando fomos o segundo maior produtor de arroz com a importante participação da pequena agricultura.
    Os problemas maiores registrados no meio rural e que ficaram bastante acentuados e aumentaram para mais de um milhão e cem mil misérias, foi a partir da decisão da governadora Roseana Sarney de privilegiar a grilagem de terras para defender interesses do agronegócio e de políticos da sua base de sustentação. Milhares de famílias de posses seculares foram expulsas das suas raízes e tangidas como animal para sedes de municípios e para nossa capital. Elas se transformaram em verdadeiros exércitos de miseráveis, que se tronaram presas fáceis para o tráfico e consumo de drogas e a inserção na violência que domina todo o Maranhão.
    Toda essa problemática será debatida em um Seminário sobre Legislação e Conflitos Agrários, que será realizado a partir desta semana na cidade Balsas. Foi diante dessa absurda realidade e do desprezo que a governadora Roseana Sarney deu ao sofrido homem do campo, que o Movimento Sindical Rural solicitou ao governador Flavio Dino, a criação da Secretaria da Agricultura Familiar, integrada por todas as instituições identificadas com ações para o desenvolvimento no campo, principalmente a extensão rural, o cooperativismo e a pesquisa, para que o Maranhão saia de uma vez por toda da importação de alimentos para a produção efetiva. O agronegócio que brilha aos olhos da governadora e do seu grupo é o grande financiador de campanhas eleitorais, que não gera empregos e exporta comodites. Eles incorporaram terras de milhares de posseiros seculares e alguns têm até devolutas por conivências de instituições do poder público e são os maiores incentivadores da miséria em todo o Maranhão. A única cidade maranhense que prosperou nos últimos anos foi Belágua, que já foi o pior índice de desenvolvimento humano do Brasil e agora saiu da miséria para a extrema pobreza através de algumas politicas clientelistas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário