MEU PRIMEIRO DIA. Depois de 13 anos atuando como juiz na mesma cidade, resolvi me habilitar e fui promovido. Deixei um pedaço do meu coração na antiga comarca. Mas precisava andar na carreira. Chegando ao novo Fórum, cuidei de fazer uma reunião com os funcionários que lá trabalham. Novos amigos, novos colegas de trabalho, pois é assim, sinceramente, que os vejo. Em curso a reunião, traçamos algumas diretrizes e dirigi-me também, individualmente, a cada um. Ao final, falei ao atendente de recepção: “Meu amigo, sua função é uma das mais importantes neste Juizado”. O seu rosto demonstrou surpresa e uma dose de apreensão. Seu olhar me dizia, em silêncio: “Logo eu, doutor Pablo?”. Eu então expliquei: “Quando entrei no Fórum, sem me identificar como o novo juiz, percebi o seu largo sorriso recebendo os advogados e os jurisdicionados. Sei que todos nós temos os nossos dias de alegria e tristeza. Mas se esforce para sempre mantê-lo. A justiça que as pessoas buscam aqui começa a ser feita por você neste ato de boa vontade”. E ele deixou a reunião sorrindo mais ainda. Pablito.
Resposta do Dr. Kelson Veras. Advogado de Tutóia-Ma.
Kelson Veras Silva compartilhou a publicação de Pablo Stolze.
Poderia ser assim em todas as Comarcas do País. Mas infelizmente isso é um sonho muito distante. A realidade é em sua quase totalidade, é o contrário do que descreve este brilhante texto, pois em regra os jurisdicionados, incluindo os advogados são muito mal atendidos e quem reclama no final não passa de um grande chato e se continuar achando ruim, terá os seus processos marcados e nunca mais vai ganhar uma causa por perseguição interna daqueles que comandam as Comarcas de Justiça pelo País afora.
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