O Governo Federal promoveu, na segunda-feira (18), um leilão de energia renovável. Pela primeira vez, a energia solar foi negociada e a energia eólica foi a única vencedora. 39 empreendimentos nos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí e Rio ...
Um total de 39 empreendimentos eólicos, somando capacidade instalada de 867,6 megawatts (MW) e garantia física de 380 MW médios, foi contratado no Leilão de Energia A-3/2013, promovido nesta segunda-feira (18) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com o objetivode suprir a demanda de eletricidade do país no ano de 2016. O preço médio ao final do Leilão ficou em R$ 124,43/MWh – um deságio de 1,25% em relação ao preço inicial. A previsão é que sejam investidos cerca de R$ 3,3 bilhões na construção dos parques eólicos, situados nos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul.Participaram do Leilão 28 concessionárias de distribuição, que assinarão junto aos empreendedores dos projetos vencedores contratos de compra e venda de energia com duração de 25 anos, válidos a partir de 1º de janeiro de 2016. A demanda apresentada pelas distribuidoras foi integralmente atendida com o Leilão, cujo volume financeiro chegará a R$ 7,253 bilhões ao final do prazo de vigência dos contratos. Além da fonte eólica, participaram do leilão projetos de geração solar fotovoltaicos, termelétricos a biomassa e pequenas centrais hidrelétricas.
Em entrevista coletiva concedida após o certame, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética – EPE, Mauricio Tolmasquim, destacou o excelente momento pelo qual passa do segmento de geração de energia eólica no Brasil, o que explica o domínio absoluto da fonte no certame realizado nesta segunda-feira. Como exemplo, Tolmasquim destacou que os primeiros parques eólicos no país foram contratados a R$ 300 o MWh, valor muito acima dos R$ 124 fixados no Leilão de hoje. Ele frisou que essa evolução de preço e de participação da fonte eólica na matriz elétrica brasileira deverá ser percebida em breve com a fonte solar.“Este é o momento da eólica, não há dúvidas, mas em um cenário de médio prazo a solar terá o seu espaço. O preço está caindo e o Brasil possui uma ótima insolação, então a tendência é a solar fotovoltaica ficar naturalmente mais competitiva”, afirmou o presidente da EPE, destacando que o domínio da eólica no Leilão de Energia A-3/2013 mostra que a geração através dos ventos é atualmente mais competitiva que todas as outras fontes de eletricidade.
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