Detento foi enforcado em cela; ele estava havia menos de um mês no local e não havia sido julgado
R7 Notícias
O detento encontrado enforcado dentro do presídio de Pedrinhas, em São Luís (MA), na manhã desta terça-feira (21), foi morto como forma de represália a transferências de presos que aconteceram na última segunda-feira (20). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Sejap (Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária) que disse ainda ter aberto um processo para investigar o crime.
O interno foi identificado como Jô de Souza Nojosa, de 22 anos. Ele foi preso no dia 28 de dezembro do ano passado por suspeita de tráfico de drogas e ainda não havia sido julgado. Segundo o diretor do presídio, outros sete homens estavam na mesma cela e foram levados até o 12º DP para depoimento. Em nota, a Sejap disse que o rapaz estava amarrado com uma corda e uma equipe de polícia esteve no local para remover o corpo, além da perícia será possível apontar as circunstâncias da morte. Mais informações serão repassadas após o fim do trabalho da equipe do Instituto de Criminalística (Icrim)", disse o governo, em nota.
A crise no sistema penitenciário maranhense chocou o país no final do ano passado pelas cenas de selvageria – decapitações, esquartejamentos e, agora, enforcamento – provocadas pelo confronto de facções inimigas dentro do presídio. Para tentar conter a guerra de criminosos, o governo estadual enviou homens da Polícia Militar e recebeu o apoio da Força Nacional para reforçar a segurança e vistoriar as celas. Centenas de armas improvisadas, uma pistola e dezenas de celulares foram encontrados.
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Horror nas cadeias pode destronar clã Sarney no Maranhão
A presença da PM no presídio irritou líderes das facções criminosas, que deram ordem para bandidos atacarem ônibus e delegacias nas ruas de São Luís. Uma criança de 6 anos morreu queimada após um ônibus ser incendiado. Veja o vídeo. O Ministério Público Estadualdenunciou sete acusados pela morte da menina.
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A governadora Roseana Sarney (PMDB) também recebeu apoio do governo Dilma Rousseff, preocupado com o desgaste do clã Sarney no Estado, aliado estratégico em ano eleitoral. No entanto, nem mesmo o reforço policial e a transferência de detentos parecem ter apaziguado os ânimos em Pedrinhas: na semana passada, os policiais tiveram de agir para conter dois princípios de rebelião no complexo.
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