Para Zé Maria, Lula priorizou os bancos
Candidato à Presidência da República pelo PSTU, José Maria de Almeida disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afaga banqueiros ao dizer que o Brasil é onde o Santander mais ganha dinheiro no mundo. A declaração do petista foi dada ontem, em evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores), para rebater polêmico informe do banco em extrato indicando que crescimento da presidente Dilma Rousseff (PT) em pesquisa eleitoral é ruim para o desempenho econômico do País. A entidade pediu desculpas publicamente sobre o caso.
“O povo votou no PT para mudar o País. O povo não elegeu o Lula para que banqueiros ganhassem mais dinheiro do que em qualquer outro lugar do mundo. Foi eleito para que o povo pudesse viver melhor. A prioridade é, justamente, para que os banqueiros deixassem de ter o maior lucro e o povo que ganhasse mais dinheiro. Gastam R$ 24 bilhões com o (programa de distribuição de renda) Bolsa Família, mas R$ 800 bilhões com o ‘bolsa banqueiro’, que serve para pagar as dívidas internas e externas. Está claro que a prioridade são as empresas”, atacou o presidenciável.
Foi pautado nesse discurso que Zé Maria pediu votos aos funcionários da fábrica da GM em São Caetano, na tarde ontem. O presidenciável tentou convencer os trabalhadores dizendo que o PSTU é alternativa de “mudança do Brasil” e colocou os principais candidatos ao Palácio do Planalto – Dilma Rousseff, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) – na mesma raia. “Brigam entre eles para manter o controle do Estado e representar as grandes empresas. É trocar o seis por meia dúzia e deixar tudo como está. Os meios de massa de comunicação só mostram três candidaturas, mas há 11 registradas.”
Zé Maria mostrou desinteresse por debates travados entre os candidatos do PT, PSDB e PSB. Estão em pauta casos como a compra por parte da Petrobras da refinaria de Pasedena, nos Estados Unidos e a construção de um aeroporto na cidade mineira de Cláudio, quando Aécio era governador, em terreno que pertencia a parentes do tucano. “A minha opinião é que todos têm razão. Como disputam entre eles a representação de empresas, acusam o outro de ladrão para se diferenciarem.”
A alternativa à pauta nacional colocada pelo candidato do PSTU é a criação de polos de conscientização no chão de fábrica. “Estamos lutando não só para votarem nos nossos candidatos. Não é só pela eleição que nós vamos mudar o cenário. Eleição é controlada pelo poder econômico”, afirmou.
Zé Maria disse acreditar no “fim da paciência” da população, que teve início nas manifestações de junho do ano passado. “A primeira manifestação de massa contra a ditadura foi em 1977, aliás quando eu estava preso. Cinco ou seis anos depois gerou movimento grande que mudou o regime político do País”, recordou. G1.com
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