quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Cunha diz que todos os pedidos de impeachment já têm parecer técnico


Presidente da Câmara ainda tem de analisar sete pedidos de afastamento. Ele afirmou que poderá decidir na segunda-feira (30) se acolhe solicitações.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, concede entrevista coletiva no Salão Verde (Foto: Nathalia Passarinho / G1)O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, concede entrevista coletiva no Salão Verde 
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira (26) que todos os sete pedidos de abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff que ainda não foram analisados já receberam pareceres técnicos da área jurídica da Casa. O peemedebista disse que poderá decidir na próxima segunda (30) se acolhe ou não as solicitações.
Desde o mês passado, o presidente da Câmara tem afirmado que decidiria sobre os pedidos de impeachment em novembro. Questionado se cumprirá o prazo, ele destacou que ainda não está "inadimplente", já que este mês só termina no início da próxima semana. 
“Quem sabe segunda-feira [eu decida]. Não estou ainda inadimplente. Vocês podem cobrar a partir de segunda. É possível [que haja decisão na segunda]. [...] Todos nessa altura já têm parecer”, disse Cunha.
Deputados contrários ao presidente da Câmara afirmam que ele está segurando a decisão sobre o impeachment para negociar um acordo com o governo federal, pelo qual deputados do PT votariam por sua absolvição no processo a que responde por suposta quebra de decoro parlamentar.
Em troca, Cunha rejeitaria a abertura de processo para investigar Dilma. O peemedebista e deputados petistas negam qualquer tipo de negociação.
Entre os pedidos de impeachment pendentes está um de autoria do ex-fundador do PT Hélio Bicudo e do jurista Miguel Reale Junior, que se baseia nas chamadas “pedaladas fiscais” do governo Dilma, que consistiu no atraso de pagamentos do Tesouro Nacional a bancos públicos a fim de cumprir metas parciais da previsão orçamentária.
Por causa dos atrasos na transferência, Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES tiveram que desembolsar recursos próprios para custear programas sociais, como o Bolsa Família. Essa prática resultou em parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) pela rejeição das contas de 2014 do governo Dilma.
O pedido de impeachment assinado por Bicudo também traz cópias de decretos presidenciais assinados por Dilma que liberam créditos extraordinários sem o aval do Congresso, o que, segundo o jurista, reforçaria a tese das "pedaladas fiscais".


Nenhum comentário:

Postar um comentário