domingo, 22 de novembro de 2015

PMDB da Câmara vê pressão contra Eduardo Cunha crescer e discute desembarque



Por Painel
Amigos, amigos Deputados do PMDB que ainda apoiam Eduardo Cunha começam a se afastar do presidente da Câmara. Relatam que, em suas bases, a sustentação dada ao peemedebista tem sido tão questionada quanto a permanência do partido no governo Dilma Rousseff. Cunha, no entanto, tem a proximidade do recesso parlamentar a seu favor. “É como um boxeador quase nocauteado esperando o fim do round”, diz um aliado, sobre as seis semanas que ele terá para se recompor.
Nem me viu Os peemedebistas não querem dividir com Cunha o ônus de seu desgaste quando o processo de cassação do presidente da Câmara for levado a plenário.
Novo alvo O Vem Pra Rua deixou o “fora, Dilma” em banho-maria para pedir a renúncia de Cunha. O movimento mudou de foco sob o argumento de que ele “enrolou e deixou o processo de impeachment para trás”.
Revanche O grupo divulgou a lista com o nome, e-mail e telefone dos integrantes do Conselho de Ética com o pedido: Vamos pressionar para cassar o mandato?.
Empurra Movimentos sociais ligados ao PT também organizam, na segunda-feira, uma manifestação para pedir a saída de Cunha da presidência. Em São Paulo, o ato será na avenida Paulista e é articulado pela Central de Movimentos Populares e pelo Levante Popular da Juventude.
Não é de nada É unânime no Planalto a avaliação de que Cunha não mete mais medo. Ainda assim, a recomendação é de não fustigá-lo.
Congela! Com o assanhamento do PMDB e do PSDB com a possibilidade de ter campo fértil para o impeachment em 2016, gente graúda do governo já admite que o melhor para Dilma é Cunha permanecer onde está. Quanto mais moribundo, melhor.
Menos pior “Enquanto a pauta for ele, estamos bem”, diz um auxiliar presidencial.
Wally Parte da bancada do PMDB esteve no cortejo de deputados que deixou o plenário da Câmara após a fala de Mara Gabrilli (PSDB-SP) questionando Cunha.
Coerência “Estamos lutando para tirar do poder uma presidente que mentiu com um presidente que também mentiu. Não faz sentido”, disse a deputada tucana.
Relógio quebrado Ministros de Dilma afirmam que o rompimento das barragens em Mariana, em Minas, é a maior catástrofe do país, e que demorará ao menos dez anos para haver uma melhora na recuperação de nascentes e parte da biodiversidade.
Aviso prévio O governo consultou especialistas. Apesar de não haver causa conhecida, todos têm o mesmo diagnóstico: uma barragem dá sinais de quando irá romper. A análise reforça no Ministério do Meio Ambiente a suspeita de negligência.
Que hora Parte do governo demonstra preocupação com o fato de que a definição sobre o novo Código de Mineração acontece na esteira da tragédia de Mariana. Setores temem que as leis se tornem excessivamente rígidas e inibam as atividades.
Cada um na sua O governo discute a criação de uma assessoria técnica específica para tratar da Olimpíada do Rio dentro do Planalto. Teme que o evento “engula” a Casa Civil e a Secretaria de Governo no ano que vem.
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‌Duas medidas Do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), sobre Jaques Wagner na Casa Civil: “É bom porque a leveza dele se contrapõe ao peso da cara fechada da Dilma”.
Road Show Na estratégia de começar a rodar o país de olhos nas eleições de 2018, o governador Geraldo Alckmin (SP) desembarcou no Espírito Santo nesta sexta. Abriu encontro empresarial com a palestra “Conjuntura política e econômica brasileira e os desafios para 2016”.

TIROTEIO
A falência da loja de R$ 1,99 já era um sinal: Dilma arruinou o setor elétrico e o do petróleo. Agora revela seu fracasso na mineração.
DO DEPUTADO ANTONIO IMBASSAHY (PSDB-BA), sobre a fiscalização das barragens e a loja que a presidente administrou em Porto Alegre nos anos 1990.

CONTRAPONTO
Fugindo da raia
Na sessão do Congresso que manteve o veto de Dilma Rousseff ao reajuste para servidores do Judiciário, na última quarta-feira, o deputado Moroni Torgan (DEM-CE) foi à tribuna criticar a posição do governo:
—Vamos mostrar para eles que estão errados em achacar funcionários e quem mais precisa! Vão achacar os banqueiros deste país!
Logo depois da fala de Torgan, Silvio Costa (PSC-PE), vice-líder do governo na Câmara, pediu a palavra:
—Presidente, a intimidade que esse deputado tem com a economia é a mesma que tenho com Cláudia Raia: nenhuma —disse, para risada dos colegas.

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