Mais um ingrediente para alimentar a crise que tomou conta do país: o PMDB já tem número necessário para convocar o seu diretório nacional e, lá, decidir se vai ou não deixar o governo.
Esta é a maior preocupação política do governo neste momento em que será instalada a comissão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A preocupação do governo é com o risco de o PMDB declarar formalmente seu afastamento do governo, o que abriria caminho para outros partidos da base fazerem o mesmo.
O PRB já avisou que o Ministério do Esporte está à disposição da presidente, e o PP e PTB também indicam na mesma direção. À espera, apenas, de uma decisão do maior partido da base, o PMDB.
A primeira tarefa de Lula como ministro de Lula seria ter uma conversa com o presidente do PMDB Michel Temer, anteriormente marcada para esta sexta.
A conversa, no entanto, foi cancelada porque, segundo Temer, o PMDB se sentiu afrontado pelo governo com a nomeação do deputado Mauro Lopes para o Ministério da Aviação Civil.
Segundo cálculos de peemedebistas, já haveria número no partido para formalizar o afastamento do governo. Isso poderia ter acontecido já na convenção do último sábado, mas foi uma mediação de Temer que levou o partido a estabelecer o prazo de 30 dias para o partido formalizar a decisão.
Agora, está sendo analisado o estatuto para ser convocada a reunião do diretório que tomará essa decisão.
Cristina Lôbo
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