O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator de todos os processo relativos à Operação Lava Jato no tribunal, trabalha neste domingo (6). Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, Teori não chegou a ir ao prédio do STF, apesar de ele e a equipe estarem trabalhando.
A pauta do ministro é extensa. Uma das primeiras decisões que ele precisa tomar é sobre o pedido de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que vazou na semana passada, envolvendo a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. O acordo foi assinado, mas ainda não está homologado porque um dos pontos foi objeto de questionamento.
Delcídio firmou com a Procuradoria Geral da República (PGR) um acordo de delação premiada em troca de possível redução de pena. Ex-líder do governo, ele deixou a prisão em 19 de fevereiro, após ter ficado 87 dias na cadeia acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
Segundo a revista "IstoÉ", na delação, Delcídio fez acusações ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à presidente Dilma Rousseff.
Além desse caso, também aguardam definição seis denúncias contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Teori também tem de analisar outros processos relacionados a políticos com prerrogativa de foro: uma mais recente contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além daqueles que envolvem os senadores Fernando Collor, Ciro Nogueiras, entre outros.
Funcionários de outros ministros do STF também estão no prédio do STF neste domingo - somente os gabinetes de Rosa Weber e Marco Aurélio não têm ninguém no trabalho.
Cristina Lôbo
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