sábado, 29 de agosto de 2015

PAULO CRUZ - CONSCIENTIZAÇÃO DO VOTO




Como resgatar o voto consciente ?

Aqui em Tutoia, grande parte dos eleitores quando não vendem o voto, tem como premissa votarem em quem tem mais chances de ganhar. Eis a questão do “VOTO ÚTIL”! O voto tem que valer alguma coisa.

Basear a escolha de seu candidato apenas em pesquisas eleitorais pode ser um erro grave. Este é um instrumento que deveria ser utilizado apenas pelos candidatos para auxiliar nas decisões de campanha e estratégias e não como um critério para o eleitor votar em quem está ganhando, no que está em último. Nas pesquisas eleitorais eles só perguntam em quem você irá votar nas próximas eleições. Isso leva a um pensamento do eleitor que é: “Não vou votar em quem eu quero, pois ele não tem chances de vencer. Então vou votar em quem acho que tem mais chances, para o meu voto não ser perdido, servir para alguma coisa”.

Governar é muito mais do que construir estradas. Obras são muito importantes, mas um hospital lindo não vai curar doenças se não tiver remédios e bons médicos, enfermeiros, psiquiatras, psicólogos e etc. Uma creche enorme não vai cuidar bem do seu filho se não tiver professores e inspetores bem remunerados e formados. Uma ponte bela e com várias pistas não fará seu filho aprender a ler e escrever. No máximo o fará chegar antes na escola. Obras podem ser superfaturadas muito mais facilmente do que na contratação de profissionais, além de atender a interesses de grupos poderosos. Avaliar se um candidato, que já passou pela vida pública, foi bom ou ruim envolve saber como ele trata outros muitos aspectos da administração pública, além de obras, que são os aspectos mais visíveis do que fez, mas não necessariamente os mais importantes.

Nós, eleitores, também devemos ser honestos no sentido de não aceitar a venda de nosso voto, refletir sobre nossos valores e procurar um candidato que represente nossos anseios.
Se um eleitor tem como valores a desonestidade para “se dar bem” em que tipo de candidato ele vai votar? O problema é que um candidato desonesto quando eleito faz mal para muitas pessoas, inclusive para aqueles que votaram e que não votaram nele.
Temos que entender que prefeito e vereadores são funcionários públicos, assim como, a maioria de nós. São empregados para gerir a coisa publica.
Um aspecto interessante a analisar é aquela velha frase “político é tudo corrupto”, mas será que apenas eles são corruptos ou será que os políticos são um reflexo de nossa sociedade. A honestidade não deve vir apenas dos políticos ou candidatos.
Hoje temos muito mais meios para verificar a honestidade dos candidatos, bastando para isto consultar a Internet. O portal da transparecia dos recursos públicos federais(http://transparencia.gov.br) possui os valores e repasses constitucionais para consulta pública.
O sistema eleitoral brasileiro não é perfeito, mas é o sistema que temos. Se não participamos dele, não temos nenhum direito de reclamar das coisas que acontecem no governo. E sem poder reclamar, eles podem fazer o que quiserem e nós ficamos a esmo, jogados no canto, sem praticar cidadania e sem usufruir dos nossos direitos. Vale a pena conhecer os nossos direitos e exigi-los, como é o caso da eleição. No final, somos nós que colocamos os políticos no poder, seja por escolha ou omissão. Então, escolha bem agora nas próximas eleições! (TEXTO ADAPTADO)

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