Em conversas reservadas nesta segunda (6), a presidente Dilma Rousseff manifestou preocupação com a onda de violência que tomou conta do Maranhão nos últimos dias. Ela determinou que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, acompanhasse de perto os desdobramentos no estado e oferecesse toda a ajuda necessária para o Maranhão conter a grave crise na segurança pública.
Depois que a governadora Roseana Sarney (PMDB-MA) aceitou o auxilio do governo federal– que ofereceu vagas em presídios federais para os líderes das facções criminosas que estão no Complexo Penitenciário de Pedrinhas – a ordem no Palácio do Planalto é monitorar as ações no Maranhão.
“A primeira determinação é monitorar a situação. O governo do Maranhão informou que os líderes que promoveram a onda de violência nas ruas de São Luís já foram presos. Vamos ver se isso resolve, antes de tomar novas providências”, explicou um interlocutor da presidente Dilma.
No núcleo do governo Dilma, a avaliação é que o Supremo Tribunal Federal não vai autorizar uma intervenção federal no Maranhão, por causa da situação dos presídios. Desde 2013, 62 detentos foram mortos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas em confrontos entre facções criminosas estabelecidas na unidade.
Mas apesar de Roseana Sarney ser um aliada do Planalto, há o reconhecimento de que esse não é o momento para que haja troca de farpas entre o governo maranhense o Conselho Nacional de Justiça. O governo do Maranhão encaminhou relatório ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com informações sobre a situação do sistema penitenciário do estado. O relatório servirá de base para Janot decidir se pedirá ao STF intervenção no estado.
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