Tempos de barbárie devem ser sempre combatidos, diz Othelino sobre ditadura
Assembléia Legislativa do Ma.
O deputado estadual Othelino Neto (PcdoB) lembrou, na sessão desta terça-feira (31), os 50 anos da Ditadura Militar como um período triste da História do Brasil e disse que tempos de barbárie, seja o do golpe de 64 ou das oligarquias, devem ser sempre combatidos. “Violência, censura, corrupção, exílios, assassinatos políticos, famílias dilaceradas. Em nada, o golpe militar deixa saudades”, afirmou.
Durante o pronunciamento, Othelino fez uma homenagem a todos que lutaram contra a Ditadura Militar e citou figuras políticas como João Goulart, Leonel Brizola e Neiva Moreira. Segundo ele, enquanto isso, outros, que se renderam à Ditadura e que patrocinaram o golpe e depois se serviram dele, ficaram para a História por terem prestado um péssimo serviço ao Brasil.
Entre uma série de coisas, Othelino lamentou o auge da radicalização da Ditadura Militar pelos governos Geisel e Médici, quando a tortura começou a ser uma prática repetida no sentido de obter delações e mais informações sobre “subversivos” que se queixavam do regime de exceção.
“A tortura não tinha limites. Quando não conseguiam convencer o preso político a entregar um companheiro, usavam a tortura física, as mais diversas formas de tortura. Depois, a tortura psicológica, sequestrando de fato e, às vezes, atormentando marido e mulher na frente dos filhos”, lembrou Othelino.
EFEITOS NEGATIVOS
Segundo Othelino Neto, é importante fazer o registro, porque o dia 31 de março marca os 50 anos de um período lamentável da História do Brasil e serão necessários outros 100 anos para que o país possa deixar de sentir os efeitos negativos do golpe de 64. “A Ditadura não resolve nada. É algo que só destrói a sociedade, a alma das pessoas. É uma deformação tal qual são deformações as oligarquias que só atrapalham e impedem que a democracia se consolide”, enfatizou o deputado.
De acordo com o deputado, é necessário abastecer de informações as novas gerações para que elas não façam essa grave confusão de achar que as crises podem ser solucionadas pelo regime de exceção, pela volta da censura ou com aquele modelo anacrônico que não permitia a diferença de opinião, o contraditório, a diferença política.
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