Governador diz acabar com a corrupção no Maranhão
A ex-governadora Roseana Sarney, mandou estancar as investigações, mas por determinação do governador Flávio Dino (PCdoB), o inquérito, engavetado em 2013, foi reaberto, com a disponibilização de sala aos policiais, com computadores, armamento e toda a estrutura para investigar a máfia.
Abaixo, os nomes dos 40 prefeitos e ex-prefeitos maranhenses que foram investigados e podem ter expedidos em seu desfavor um mandado de prisão preventiva a qualquer momento – com exceção de João Castelo, que agora eleito para a Câmara dos Deputados só pode ser preso após o processo ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF):
1 – Sebastião Lopes Monteiro (Apicum-Açu)
2 – Leão Santos Neto (Arari)
3 – Raimundo Nonato Lisboa (Bacabal)
4 – José Farias de Castro (Brejo)
5 – Francisco Xavier Silva Neto (Cajapió)
6 – José Haroldo Fonseca Carvalho (Cândido Mendes)
7 – José Martinho dos Santos Barros (Cantanhede)
8 – Soliney de Sousa e Silva (Coelho Neto)
9 – José Francisco Pestana (Cururupu)
10 – Maria Arlene Barros Costa (Dom Pedro)
11 – Raimundo Almeida (Lago Verde)
12 – Jorge Eduardo Gonçalves de Melo (Lagoa Grande)
13 –João Cândido Carvalho Neto (Magalhães de Almeida)
14 – Manoel Edvan Oliveira da Costa (Marajá do Sena)
15 – Joacy de Andrade Barros (Mirador)
16 – José Lourenço Bonfim Júnior (Miranda do Norte)
17 – Ivaldo Almeida Ferreira (Mirinzal)
18 – Iara Quaresma do Vale Rodrigues (Nina Rodrigues)
19 – Glorismar Rosa Venancio (Paço do Lumiar)
20– Enoque Ferreira Mota Neto (Pastos Bons)
21 – Tancledo Lima Araújo (Paulo Ramos)
22 – Maria José Gama Alhadef (Penalva)
23 – Henrique Caldeira Salgado (Pindaré Mirim)
24 – José Arlindo Silva Sousa (Pinheiro)
25 – Marconi Bimba Carvalho de Aquino (Rosário)
26 – Márcio Leandro Antezana Rodrigues (Santa Luzia)
27 – José Nilton Marreiros Ferraz (Santa Luzia do Paruá)
28 – Sebastião Fernandes Barros (São Domingos do Azeitão)
39 – Kleber Alves de Andrade (São Domingos do Maranhão)
30 – Alexandre Araújo dos Santos (São Francisco do Brejão)
31 – Luiza Moura da Silva Rocha (São João do Sóter)
32 – João Castelo Ribeiro Gonçalves (São Luís)
33 – Leocádio Olímpio Rodrigues (Serrano do Maranhão)
34 – Juvenal Leita de Oliveira (Sucupira do Riachão)
35 – Maria do Socorro Almeida Waquim (Timon)
36 – Domingos Sávio Fonseca Silva (Turilândia)
37 – Raimundo Nonato Abraão Baquil (Tutoia)
38 – Abnadab Silveira Léda (Urbano Santos)
39 – Miguel Rodrigues Fernandes (Vargem Grande)
40 – Raimundo Nonato Sampaio (Zé Doca)
Secretário garante que em Dom Pedro foi apenas a 1° etapa de uma investigação contínua sobre corrupção no Ma
FONTE. Luis Pablo
As investigações sobre a rede de agiotagem no Maranhão resultaram em duas prisões, nove mandados de condução coercitiva e 38 mandados de busca e apreensão no estado. A operação, denominada “Imperador”, resultou na prisão da ex-prefeita de Dom Pedro Arlene Barros Costa, acusada de envolvimento na prática de agiotagem e licitações fraudulentas, que culminaram no desvio de mais de R$ 5 milhões dos cofres públicos.
As investigações também revelaram o envolvimento de Alfredo Falcão, filho de Arlene, Rodrigo Manso, sobrinho da ex-gestora, e João Cavalcante Neto, funcionário utilizado como laranja no esquema de corrupção. Os três acusados já receberam mandado de condução coercitiva.
Na casa de Arlene, em São Luís, foram apreendidos quatro veículos e um montante de documentos falsos. Em Codó, 20 carros de luxo da ex-prefeita foram retidos pela polícia. Mais de 10 empresas fantasmas criadas por Arlene e a família foram descobertas com registros falsificados.
O filho da ex-prefeita, Eduardo DP, conhecido no município por ‘Imperador’, está sendo investigado por envolvimento direto em fraudes de procedimentos licitatórios, utilização de documentação falsa (identidade e CPF) e CNPJ’s fantasmas. Ele é considerado o líder da quadrilha na área.
O foco da agiotagem e licitações fraudulentas em Dom Pedro era a distribuição de merenda escolar e medicamentos. O secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, afirmou que as investigações no município continuam e que nos próximos dias novos fatos serão acrescentados ao processo.
“Em Dom Pedro aconteceu a primeira etapa de uma investigação contínua sobre corrupção e agiotagem no Maranhão. A morte de Décio Sá foi uma referência para as investigações sobre esse crime e vamos dar continuidade ao desbaratamento destes grupos corruptos. Estamos retomando as investigações para finalizar tudo. O trabalho não irá parar”, enfatizou o secretário.
Processo de investigação
Segundo o secretário Jefferson Portela, o dinheiro público era desviado para o pagamento a agiotas envolvidos nos esquemas fraudulentos.
“Encontramos vários cheques de prefeituras que estão sendo investigadas. Neste governo não haverá tolerância com a corrupção e a diretriz do governador Flávio Dino é para que haja uma apuração radical no combate ao uso ilegal do dinheiro público. Retomamos as investigações, e a Polícia Civil está preparada para concluir e encaminhar o resultado final ao Poder Judiciário”,explicou o secretário.
O delegado-geral da Polícia Civil, Augusto Barros, explicou que está obtendo provas para compor o processo da Prefeitura de Dom Pedro.
“Estamos no momento de recolhimento de material coletado a partir de buscas de apreensões, as oitivas dos conduzidos e presos para que possamos fechar o conjunto probatório. É um trabalho interno muito forte e em seguida, vamos fechar esse procedimento e dar continuidade às investigações em outros municípios. A rede de agiotas presa à época da morte de Décio Sá revelou muito material, que está sendo aproveitado. Vamos transformar em provas para que possa culminar em acusações contundentes”, assinalou o delegado.
Combate à corrupção
O secretário antecipou que em abril a Secretaria de Segurança Pública inaugurará a Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção, que acompanhará de perto os processos de investigação relacionados ao mau uso do dinheiro público e agiotagem. “A superintendência dará um novo gás às investigações e permitirá o acompanhamento dos passos para compor os processos probatórios”, ressaltou Portela.
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