Flávio Dino: “Fazer justiça não pode ser um vale-tudo”
O governador do Maranhão, Flávio Dino, mais uma vez saiu em defesa da justiça e da democracia. Em seu perfil no microblog Twitter, o comunista criticou o encaminhamento das investigações da operação Lava-Jato, que nesta manhã, culminaram na condução coercitiva – e televisionada – do ex-presidente Lula, para prestar depoimento na Polícia Federal.
Em uma das primeiras postagens, o governador declarou apoio total a investigações sobre denúncias de corrupção. Entre elas, citou a Lava-Jato, que apura supostas irregularidades na contratação de empreiteiras que realizavam obras para a Petrobrás e a Zelotes, apuração sobre denúncias de esquemas de sonegação fiscal. Porém, Dino fez a ressalva: “Abusos devem ser evitados”, declarou.
Sobre a condução do ex-presidente Lula, Dino condenou o caráter espetacular da ação e questionou a legalidade da coerção, já que o ex-presidente compareceu a todos os outros convites de depoimento feitos pela Polícia Federal.
“Medidas coercitivas devem obedecer ao princípio da proporcionalidade (necessidade). Não me parece o caso na condução do ex-presidente Lula. Se o Ministério Público diz já possuir tantas provas, basta oferecer denúncia para que haja o direito de defesa e julgamento”, afirmou o governador.
Em defesa da liberdade e da democracia o comunista também questionou a utilização da força e ressaltou princípios básicos do Direito.
“No Direito, os fins não justificam os meios. São os meios que justificam os fins. Fazer justiça não pode ser um vale-tudo. Decisões de força, quando desnecessárias, e atos espetaculares conflagram a sociedade e não contribuem para que haja verdade e justiça”.
Golpe Nunca Mais
Além de ser o único governador eleito pelo PCdoB, Flávio Dino é um dos líderes do Movimento Nacional Golpe Nunca Mais, que reúne políticos de esquerda de todo o país em defesa da democracia e contra o golpismo.
Entre as ações, o movimento emitiu a “Carta dos Governadores”, no ano passado, apoiando a governabilidade do país e o mandato da presidenta Dilma Rousseff, cumprindo assim o que está estabelecido em na mais importante lei do país, a Constituição.
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