quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Expectativa de vida aumenta 2,5 anos na região de Prudente


Vida
A expectativa de vida na 10ª RA (Região Administrativa) do Estado, cuja sede é Presidente Prudente, cresceu 2,5 anos em 2014, com relação ao ano 2000. Os dados foram divulgados pelo boletim 1ª Análise do Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), administrado pela Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo. O estudo foi desenvolvido com base em informações de mortalidade, provenientes dos Cartórios de Registro Civil. De acordo com as informações do relatório, em 2000, a média de vida geral da população regional era 73,5 anos. Já em 2014, esses dados subiram para 76 anos.
De acordo com a Assessoria de Imprensa da fundação, o objetivo da análise é coletar informações para o Estado e formular políticas públicas. O estudo coleta e analisa a situação demográfica, a saúde pública, situação econômica e social.
Vida média da região subiu para 76 anos em 14 anos, de acordo com Fundação Seade
A pesquisa aponta que no ano 2000, a cada 100 mil habitantes da região entre 15 e 39 anos, aproximadamente 80 morriam por causas externas – como traumatismos, lesões e outros agravos à saúde. Este dado caiu para aproximadamente 60 anos, no ano passado. A taxa de mortalidade por doenças circulatórias em pessoas acima de 50 anos também caiu. Cerca de 920 habitantes a cada 100 mil pessoas faleciam por este motivo em 2000; agora, está na média de 720. O índice de mortalidade por agressão também está reduzido. Quinze a cada 200 cidadãos eram vítima de violência. Atualmente caiu para menos de dez.
“As pessoas têm se preocupado mais com as questões de saúde. Tanto os jovens como os idosos estão mais atentos e têm se cuidado para retardar a velhice, ou garantir uma velhice sadia”, comenta a médica geriatra Giovana Beatriz Artoni de Carvalho. Segundo ela, outro motivo contundente é a expansão de programas preventivos de saúde na rede pública, como as unidades de saúde, serviços ambulatórios, clínicas, entre outros. “Os governos, em todas as suas esferas, também aumentaram a rede de saúde básica em diversos municípios. Além disso, realizam mutirões, programas de prevenção e incentivo ao diagnóstico precoce de doenças. Tudo isso colabora fortemente para o aumento deste índice”, declara.
A médica diz ainda que os convênios de saúde também monitoram seus usuários para que eles não corram riscos de sofrer doenças futuras. “É mais fácil prevenir ou diagnosticar precocemente, que descobrir e tratar a doença em estado crítico. Todos têm se conscientizado disso”, afirma.
Para o cientista social e mestre em sociologia, Guilherme Saade Slueter, o aumento da expectativa de vida também se dá à criação de programas assistenciais que dão suporte a diversas famílias e ainda promovem atividades para o desenvolvimento das pessoas, seja social ou de saúde. Segundo ele, as questões de higiene e o progresso nos sistemas de saneamento básico são outros avanços considerados para a limitação de doenças e infecções. “O acesso à informação ajuda bastante também. Hoje existem vários canais de comunicação e as pessoas sabem mais, têm se atentado mais”, relata.

Acidente de trânsito

O único índice de mortalidade que registra aumento está relacionado ao trânsito. Há 14 anos, 20 a cada 100 mil habitantes eram vítimas fatais de acidentes com veículos; atualmente, subiu para cerca de 25. Esta questão está ligada ao aumento da frota na região, expansão do mercado automobilístico e facilidade de financiamentos e demais linhas crédito para aquisição de veículos.
Imparcial-Ma

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