quinta-feira, 14 de abril de 2016

Dilma diz que se ficar vai buscar o diálogo para tirar o país da crise




A presidente Dilma Rousseff falou em dois momentos sobre o impeachment. Ela garantiu que vai lutar até o fim pela continuidade do mandato.

G1


Daqui até domingo (17) muita coisa pode mudar no jogo político. Na quarta-feira (13), a presidente Dilma entrou em campo para mostrar que vai lutar até o fim para garantir o mandato e disse que se conseguir a vitória na Câmara, vai buscar o diálogo com todos para tirar o país da crise.
A presidente Dilma Rousseff falou em dois momentos sobre o impeachment: em uma conversa com jornalistas e durante uma cerimônia da secretaria de Portos. Ela disse que vai lutar até o fim e que está confiante que o plenário da Câmara não vai autorizar a abertura do processo e que, no dia seguinte, vai começar a dialogar com todos, inclusive com a oposição.
“Nós lutaremos até o fim contra esse impeachment. E acreditamos que no domingo nós temos todas as chances de barrar o impeachment. Esse é o recado principal, mas o segundo recado é que logo depois do impeachment, nós temos de fazer um pacto”.
À tarde, no evento no Palácio do Planalto, a presidente reafirmou a ideia.
“Eu trabalharei todos os dias até o final do meu mandato em 31 de dezembro de 2018. É por esse compromisso que estamos lutando sem descanso para superar o golpe na forma de impeachment sem crime, que estão imputando ao país. Além disso, eu tenho certeza que brasileiros e brasileiras estarão ao meu lado no dia 15 e vamos vencer essa batalha, essa batalha contra o golpe, contra o impeachment sem base legal e a partir da próxima semana, com essa página virada, nós vamos iniciar a repactuação das condições para superar a crise e retomar o crescimento”.
O governo tem procurado cada deputado que diz estar indeciso e acionado também governadores e prefeitos para ajudarem nessa pressão contra o impeachment. Um parlamentar que participa dessa negociação afirma que ainda tem cerca de 30 deputados a serem "trabalhados". Interlocutores do Palácio do Planalto reconhecem que a situação é muito difícil, delicada, mas afirmam ter votos suficientes para barrar o processo no plenário da Câmara.
Do outro lado, o Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência, registra movimento intenso, um entra e sai de deputados, senadores e presidentes de partidos. Lideranças da oposição dizem que Michel Temer tem trabalhado para conquistar votos pró-impeachment e muitos dos que têm ido ao Jaburu já estão tentando negociar espaço num eventual futuro governo Temer.

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