O secretário de Saúde do Estado do Maranhão, Ricardo Murad (PMDB), ameaçou investigar os prefeitos das cidades em que os hospitais do programa “Saúde é Vida” foram fechados após a inauguração. A intimidação foi publicada na edição de hoje, quarta-feira (04), do jornal O Estado do Maranhão, folhetim pertence ao grupo Sarney.
Buscando se eximir da responsabilidade sobre as unidades inauguradas pelo governo do Estado, Murad defende que os gestores municipais devem ser investigados pelo abandono dos hospitais. “Se em algum município não está funcionando, o Conselho Municipal de Saúde, a Promotora Pública e a Câmara Municipal precisam tomar providências”, disparou.
Na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Rubens Júnior (PCdoB) saiu na defesa dos prefeitos. “Não adianta a Secretaria de Saúde tentar se eximir da responsabilidade porque não é possível. Se a secretaria repassa 700 mil para os hospitais, significa uma média de 60 mil para cada um, esse valor é suficiente para manter um hospital? Esse valor dá para pagar três médicos e só. Quero ver o que a Famem vai fazer sobre isso”, desafiou.
Não é de hoje que os prefeitos e secretários municipais reclamam que o governo Roseana Sarney não destina os investimentos necessários para a manutenção dos hospitais. Em junho deste ano, Fred Maia (PMDB), do município de Trizidela do Vale, declarou que os recursos eram tão irrisórios que mal davam para comprar papel higiênico.
No município de Lago do Junco, onde o hospital foi fechado dois dias após a inauguração, o secretário de Saúde, Osimar Fonseca, confidenciou: “A diária de um médico custa entre R$ 1.800 e R$ 2.000. Com esse dinheiro não garantimos nem três médicos, que é o mínimo necessário para funcionarmos razoavelmente. É como disse um prefeito dia desses: não dá nem para comprar papel higiênico”.
No município de Lago do Junco, onde o hospital foi fechado dois dias após a inauguração, o secretário de Saúde, Osimar Fonseca, confidenciou: “A diária de um médico custa entre R$ 1.800 e R$ 2.000. Com esse dinheiro não garantimos nem três médicos, que é o mínimo necessário para funcionarmos razoavelmente. É como disse um prefeito dia desses: não dá nem para comprar papel higiênico”.
Os hospitais previstos para as cidades de Jenipapo dos Vieiras, Matinha, Tufilândia e Lago do Junco até foram concluídos pelo governo, mas fechados logo após a inauguração em razão da falta de condições das prefeituras em mantê-los abertos.
“Eles construíram um hospital de grande porte para um município de pequeno porte. Além disso, sempre atrasam o repasse dos recursos, repasse que já não é suficiente para manter aquele elefante branco”, criticou Félix Martins (PRB), que é prefeito de São Félix de Balsas.
Via Blog. Marrapá.
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