Política no Maranhão
Agência Assembleia
Os deputados Bira do Pindaré (PT), Rubens Pereira (PCdoB) e Othelino Neto (PCdoB), na sessão desta segunda-feira (28), criticaram o governo do Estado por não ter cumprido o acordo feito com os policiais militares que participaram da última greve da categoria.
Naquela ocasião foi prometido que não haveria retaliações, mas segundo os parlamentares – que estavam com cópias dos contracheques de alguns policiais –, eles estão tendo cortes nos benefícios do mês de abril. Além disso, os líderes do movimento grevista estão respondendo processo disciplinar.
A insatisfação foi manifestada por alguns policiais militares e bombeiros em suas páginas do Facebook e em blogs. Eles contam que os cortes atingiram as áreas de auxilio alimentação, vale-transporte e gratificações, funções de motorista e funções de comando. Em alguns casos o corte chega a R$ 590.
“Além do governo não ter cumprido nada em relação ao acordo, ainda descontou salário dos policiais militares. É dessa forma que o governo trata o movimento dos policiais militares, com total desrespeito, numa postura equivocada e temerária”, afirmou Bira do Pindaré.
Rubens Pereira Júnior disse que o governo Roseana Sarney precisa se manifestar e dizer por que cortou a remuneração dos policiais militares. Ele leu alguns depoimentos feitos por militares nas redes sociais:
“Vai ser muito difícil pagar as contas do colégio e garantir a alimentação das duas filhas, assim sou obrigado a ter que pedir esmolas. Peço aos meus amigos que não me critiquem quando me virem na praça pedindo esmolas”, escreveu um policial, segundo o parlamentar.
“A governadora deu um golpe na categoria, relembrando os tempos da ditadura, ao não cumprir o acordo que foi firmado para que a categoria encerrasse a greve”, postou outro policial.
“Isto fica, de forma clara, latente e flagrantemente, uma retaliação por conta do movimento paredista da greve dos policiais militares. Insisto, não dá certo a fórmula da governadora em querer fazer segurança sem policial. Não há policial valorizado com corte em gratificação”, disse Rubens Pereira Júnior.
Por último, Othelino Neto disse o governo teve o tempo suficiente para não descontar o salário dos policiais militares – uma vez que o acordo foi feito há mais de 15 dias – e, também, de por fim aos processos disciplinares contra os policiais que estavam participando do movimento grevista.
“Por mais que nós cobremos, por mais que esse acordo tenha sido assinado por vários representantes do governo, o governo do estado do Maranhão insiste em não cumprir. É por isso que a segurança do Maranhão está desse jeito; é por isso que as pessoas vivem intranquilas e é, por isso, que os indicadores de homicídios da grande São Luís só aumentam, porque é um governo do arranjo, é um governo cuja comandante já deixou de governar faz tempo e que, agora, que a cada dia perde mais ainda as perspectivas de conseguir manter o poder, aí mesmo que o Maranhão vai ficando cada vez mais jogado às traças”, afirmou Othelino Neto.
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