CASO PETROBRÁS
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Leia a carta na íntegra:
“Novamente neste domingo dia 28 (sic) fui de novo ameaçado pelo mesmo agente da PF dizendo para mim ‘você falou que tinha sido ameaçado por mim e o delegado falou comigo. Eu não terei mas nenhuma boa vontade com vocês ?’ (sic). Que boa vontade é esta? Passamos novamente fechados sem banho e caminhada por 48 horas no sábado e no domingo. E ainda me falou ‘você tem que tomar no meio do olho. É por isso que você não vai mais sair daí’. Tem várias testemunhas que escutaram isto. Veja que situação que estamos. Estou com risco de vida junto à PF. Isto não pode ser procedimento da PF. Isto parece o tempo da ditadura”.
No início da tarde desta segunda, Costa foi encaminhado da sede da Polícia Federal para o Presídio Estadual de Piraquara II (PEP II), na Região Metropolitana de Curitiba. O pedido de transferência foi determinado pela Justiça Federal do Paraná na noite de sexta-feira (25). De acordo com a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Seju), Costa ficará em uma galeria do presídio que tem celas isoladas destinadas aos detentos com ensino superior.
A defesa de Paulo Roberto Costa informou nesta segunda-feira que está entrando com um pedido na Justiça para que o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determine a identificação do agente da Polícia Federal que mais uma vez ameaçou o ex-diretor da Petrobras.
Na mesma petição, o advogado Fernando Fernandes pede a transferência de Costa para o Rio de Janeiro. “É onde ele tem domicílio e família. Além disso, não há justificativa para a permanência dele em Curitiba. O interrogatório é o último ato do processo e pode ser feito por videoconferência”, afirmou o advogado por meio de nota.
A defesa também está requerendo junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a aplicação de medidas alternativas à prisão preventiva de Paulo Roberto Costa, como a prisão domiciliar. Outro pedido da defesa é o cumprimento de decisão judicial, que garante ao ex-diretor da Petrobras o direito a tomar banho e de se expor ao sol nos fins de semana e feriados, onde ele estiver, conforme divulgou a defesa.
A defesa também está requerendo junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a aplicação de medidas alternativas à prisão preventiva de Paulo Roberto Costa, como a prisão domiciliar. Outro pedido da defesa é o cumprimento de decisão judicial, que garante ao ex-diretor da Petrobras o direito a tomar banho e de se expor ao sol nos fins de semana e feriados, onde ele estiver, conforme divulgou a defesa.
Outra ameaça
Na sexta-feira, dia em que a Justiça recebeu a denúncia do MPF contra Paulo Roberto Costa, foi tornada pública uma carta escrita à mão dizendo que foi ameaçado por um agente da PF na cela da carceragem da corporação. Na carta, Costa afirma que o agente da Polícia Federal diz que ele estava criando confusão junto com um dos advogados de defesa, Cassio Quirino, em relação ao pedido de tomar banho e de caminhar no feriado [de Páscoa e Tiradentes].
Na sexta-feira, dia em que a Justiça recebeu a denúncia do MPF contra Paulo Roberto Costa, foi tornada pública uma carta escrita à mão dizendo que foi ameaçado por um agente da PF na cela da carceragem da corporação. Na carta, Costa afirma que o agente da Polícia Federal diz que ele estava criando confusão junto com um dos advogados de defesa, Cassio Quirino, em relação ao pedido de tomar banho e de caminhar no feriado [de Páscoa e Tiradentes].
“Com certeza isto foi um recado do delegado e que eu estava dando um tiro no meu pé e desta maneira seria transferido para Catanduvas [Penitenciária Federal de Catanduvas, no oeste do Paraná, de segurança máxima]. Pode isto???”, diz trecho da carta escrita por Paulo Roberto Costa.
Ainda na sexta, o advogado de defesa Fernando Fernandes afirmou que Paulo Roberto Costa estava sendo tratado de “maneira desumana”, sem a garantia de direitos elementares, como banho higiênico e de sol e exercícios físicos. “Nosso objetivo é soltar Paulo Roberto e garantir o direito como cidadão”, afirmou o advogado.
Operação Lava Jato
Paulo Roberto Costa é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos chefes de uma quadrilha especializada em lavar dinheiro no exterior, por meio de operações de câmbio fraudulentas. Conforme a denúncia, aceita pela Justiça Federal, o ex-diretor da Petrobras usou empresas de fachada, comandadas por Youssef, para lavar dinheiro da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A obra foi executada entre 2009 e 2014 e há suspeita de superfaturamento, que pode chegar a mais de R$ 400 milhões.
Paulo Roberto Costa é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos chefes de uma quadrilha especializada em lavar dinheiro no exterior, por meio de operações de câmbio fraudulentas. Conforme a denúncia, aceita pela Justiça Federal, o ex-diretor da Petrobras usou empresas de fachada, comandadas por Youssef, para lavar dinheiro da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A obra foi executada entre 2009 e 2014 e há suspeita de superfaturamento, que pode chegar a mais de R$ 400 milhões.
A operação Lava Jato foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) em março no Paraná, São Paulo,Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Mato Grosso. O grupo envolvido teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões.
Alberto Youssef está preso desde o dia 17 de março e é investigado por ser um dos cabeças do esquema.
Paulo Roberto Costa também está preso desde março. A primeira denúncia apresentada contra ele pelo MPF foi por tentativa de atrapalhar as investigações sobre o caso. Quando foi preso, os policiais o flagraram tentando destruir material que pode ser usado como prova contra ele. Costa é investigado por favorecer uma empresa de fachada de propriedade do doleiro em um contrato com a estatal. G1.globo.com
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