Cutrim faz reflexão sobre episódios que marcaram a política do Maranhão
Nice Moraes/Agência Assembleia
O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB), na sessão desta quarta-feira (23), ao fazer uma reflexão sobre alguns episódios que nortearam os rumos da política no Maranhão, nos últimos 20 anos, afirmou que jamais vai esquecer o envolvimento do seu nome com o assassinato do jornalista Décio Sá, que hoje completa dois anos.
Inicialmente ele lembrou do caso que envolvia o nome do ex-governador Epitácio Cafeteira com as empreiteiras do Maranhão. Naquela época, em 1994, a revista “IstoÉ” divulgou matéria falando sobre a fortuna acumulada pelo ex-governador, sob o título “Carrões e Milhões”. Logo em seguida, Cafeteira também foi acusado pelo assassinato do ex-funcionário da Vale do Rio Doce, José Raimundo dos Reis Pacheco.
Este episódio, conhecido como Caso Reis Pacheco, ocorreu em 94, vésperas de uma eleição para governador do Maranhão. Naquela época, Cafeteira que estava com uma vantagem de mais de 15%, foi acusado por Anacleto Pacheco de ser o mandante do assassinato.
“A farsa foi desmascarada em seguida, quando José Raimundo dos Reis Pacheco apareceu em público gozando de plena saúde. Ele estava morando em Monte Dourado, no Pará, onde trabalhava no Projeto Jari”, afirmou Raimundo Cutrim.
O deputado ainda lembrou que o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, também foi vítima de armação nos anos 90 e, naquela época, que era delegado da Polícia Federal, foi o único que defendeu Madeira.
“Hoje ele está aí atrás, parece que não tem, assim, postura de homem público. Eu duvido que amanhã algum maranhense vá dizer que o Cutrim, está no grupo da governadora. Enquanto vida eu tiver, jamais esquecerei o que tentaram fazer comigo”, disse.
Em seguida, Raimundo Cutrim, disse que são fatos como esses que o leva a fazer uma reflexão e, principalmente, um paralelo com o caso Décio Sá. “Nesse fato, que hoje está fazendo dois anos, a governadora Roseana Sarney, depois que toda armação foi esclarecida, foi conivente. Por isso que eu volto a dizer que ela não tem credibilidade para governar e nem para pedir voto para ninguém, por que o que fizeram com o deputado Cutrim, foi uma tentativa de assassinato moral”, garantiu, destacando também o pedido de instalação de uma CPI para apurar o envolvimento do seu nome com a agiotagem.
“Até hoje eu estou ainda com a relação com 14 assinaturas pra gente saber quem são os verdadeiros agiotas da Assembleia Legislativa, quem são os verdadeiros agiotas do Governo do Estado. Com a CPI, com certeza, a gente ia saber de muita coisa”, disse o deputado.
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