Fantástico
Lizzie Nassar ficou trancada no presídio de Catanduvas, no Paraná. Lá estão bandidos perigosos, como Fernandinho Beira-Mar.
No dia 8 de abril, uma terça-feira, na redação do Fantástico, a repórter Lizzie Nassar se despediu da equipe. Ela passou 24 horas trancada em um presídio de segurança máxima.
Foram cinco meses de negociações. Existem quatro desses presídios no Brasil. A repórter ficou no mais antigo, criado em 2006, o de Catanduvas, no interior do Paraná. Lá estão bandidos perigosos como Fernandinho Beira-Mar, que foi o maior traficante do Brasil. Um lugar de onde jamais foi registrada uma fuga.
Na estrada para o presídio de Catanduvas, a repórter teve o carro interceptado por uma equipe de policiais federais. Foi de surpresa. Os policiais a pegaram e levaram algemada e trancada no carro da polícia.
A repórter passou por todos os procedimentos pelos quais os demais presos passam. Cada um fica em uma cela de seis metros quadrados, isolado. O período de encarceramento, a forma de alimentação e a forma de deslocamento são o padrão para todos os presos que estão na penitenciária federal.
A comunicação entre os detentos não é permitida. E todas as visitas e conversas são monitoradas pelos agentes que trabalham no local. Mesmo assim, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, tentou se comunicar com a repórter do Fantástico durante a noite.
O único período em que deixam o isolamento é durante o banho de sol diário. A repórter encarou as 24 horas de cárcere, sozinha, muitas delas no escuro, no silêncio e com medo.
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