'Queremos o apoio do PT', afirma Márcio Jerry
Diego Emir/Imparcial
Um palanque múltiplo unido em torno de um objetivo: garantir a vitória da oposição no Maranhão. Assim pensa, o presidente do PC do B no Maranhão, Márcio Jerry, ao buscar o apoio dos três principais presidenciáveis, Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
O comunista conta que o grupo oposicionista ainda aguarda o apoio do PT e que a militância já apoia a candidatura de Flávio Dino (PCdoB). Sobre a aproximação com o PSDB, ele lembra que isso já ocorreu em outros estado e inclusive no Maranhão.
Sobre a eleição, Márcio Jerry considera que Flávio Dino conseguirá vencer, qualquer um que seja o adversário apresentado pelo grupo governista.
Confira na íntegra a entrevista:
O Imparcial - Márcio como você avalia o atual cenário político no Maranhão?
O comunista conta que o grupo oposicionista ainda aguarda o apoio do PT e que a militância já apoia a candidatura de Flávio Dino (PCdoB). Sobre a aproximação com o PSDB, ele lembra que isso já ocorreu em outros estado e inclusive no Maranhão.
Sobre a eleição, Márcio Jerry considera que Flávio Dino conseguirá vencer, qualquer um que seja o adversário apresentado pelo grupo governista.
Confira na íntegra a entrevista:
O Imparcial - Márcio como você avalia o atual cenário político no Maranhão?
Márcio Jerry - Cenário muito favorável às forças da mudança e ainda mais difícil para o bloco liderado pela governadora Roseana Sarney. A mudança de candidatos, por exemplo, deu-se em função sobretudo da conjuntura desfavorável, este é o fato.
Sem apoio da maioria do povo, eles no entanto contam com a força das máquinas e do dinheiro para tentar adulterar o genuíno sentimento que há hoje. Aposto que não conseguirão.
A desistência de Luís Fernando, mostra uma fragilidade no grupo governista e aumenta as chances de vitória de Flávio Dino?
A desistência de Luís Fernando, mostra uma fragilidade no grupo governista e aumenta as chances de vitória de Flávio Dino?
Sim, é o que avalio. A conjuntura derrotou Luís Fernando, derrotou Roseana e vai derrotar o candidato que eles vierem a escalar. Está em julgamento um modelo de fazer política ultrapassado, incapaz de responder às exigências da sociedade e fracassado historicamente. As chances de vitória da oposição são muito reais, mas a vitória não é inexorável.
Existe um clima de "já ganhou"?
De jeito nenhum. Repito, mesmo com cenário que aponta favoritismo da oposição a vitória não é certa, Teremos que lutar muito, o tempo todo, para confirmar o sentimento de mudança que existe no coração de nosso povo. Enfrentamos um grupo poderosos, que praticou uma pilhagem sem paralelos na história, portanto com muitos recursos econômicos para tentar reverter a tendência de derrota.
Em relação a aproximação com o PSDB. Como é encarada pela ala mais esquerdista?
Estamos montando um palanque a partir das necessidades históricas do Maranhão. O próprio PT, que lidera o bloco hoje no governo federal, e do qual somos parte, tem alianças pontuais com PSDB. Nosso partido, temos dito, é o Partido do Maranhão, Partido da Mudança.
Sobre a vaga de vice, três partidos discutem o assunto: PDT, PSDB e Solidariedade. Quem ficará com a vaga?
A vaga será definida no consenso partidário. Consenso à gente constrói dialogando de forma transparente, respeitosa, democrática. Vamos chegar a um bom entendimento, reforçando a nossa unidade, que é fundamental para a vitória do povo maranhense.
Quanto ao Senado, ainda existe discussão?
Nenhuma. O debate foi encerrado com a indicação por consenso do Roberto Rocha como nosso pré-candidato. Aliás, nenhum partido que integra nosso projeto de coalizão apresentou proposta nova sobre senado.
O PCdoB está pronto para governar o Maranhão?
Em aliança com outros partidos, com os movimentos sociais, sim. Está pronto para liderar um novo projeto de governança que democrático, participativo, capaz de impulsionar o desenvolvimento com justiça social.
Sendo apoiado por Eduardo Campos e Aécio Neves, como será a relação de Flávio Dino e Dilma Rousseff em uma possível vitória dos dois candidatos?
Temos uma frente ampla em que as três principais candidaturas presidenciais estão representadas. PCdoB mesmo, por exemplo, apoia a reeleição da presidente Dilma; o PSB tem a candidatura do Eduardo Campos e o PSDB a do Aécio Neves. O palanque não está sendo estruturado a partir da eleição presidencial, mas a partir da eleição estadual. Isso não é caso único aqui no Maranhão, acontece em todo o país, em praticamente todos os estados. Inclusive no palanque da candidatura oficial do Palácio dos Leões tem a presença de mais de uma candidatura presidencial.
O DEM, por exemplo, é aliado de primeira hora do PSDB.
Acreditar em um apoio do PT não seria um erro de estratégia?
Acreditar em um apoio do PT não seria um erro de estratégia?
Queremos o apoio do PT e temos o apoio da militância partidária, daqueles que não arrearam as bandeiras de mudança do partido. Em 2010 o PT aprovou o apoio a Flávio Dino e o diretório nacional fez intervenção para submeter o partido à Roseana Sarney. Passados quase quatro anos, pra que isso serviu? Para piorar ainda mais a situação do Maranhão, dos maranhenses.
Qual seria o seu papel em um eventual governo Flávio Dino?
Não penso nisso, não é hora. Temos que atuar voltado exclusivamente para o desafio gigantesco que é fazer com que se concretize em outubro o sentimento do povo maranhense que quer alternância, quer mudança, quer e merece um Maranhão de todos nós.
Em relação à declaração de membros do PT, que consideram uma aliança com o PSDB como "atraso". O que você tem a comentar?
Acho normal a aliança do PT com o PSDB no Mato Grosso do Sul. Como achei normal a aliança do PT com o PSDB em Açailândia. Enfim, a lógica política municipal e estadual às vezes define campos de aliança de partidos com diferenças no plano nacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário