Dançarino do Esquenta é encontrado morto no Pavão-Pavãozinho.
Globo.com
O dançarino do programa "Esquenta", da TV Globo, Douglas Rafael da Silva Pereira, de 26 anos, conhecido como DG, foi encontrado morto no Morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, na tarde desta terça-feira. Moradores da comunidade iniciaram um protesto contra a morte em um dos acessos à comunidade, na Ladeira Saint-Roman, no final da Rua Sá Ferreira. Policiais do 19º BPM (Copacabana) foram acionados para reforçar o policiamento nas proximidades.
Durante a manifestação, houve tiroteio entre PMs e traficantes, e um homem identificado apenas como Matheus, de 30 anos, foi baleado na cabeça. Ele foi levado para o Hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
De acordo com o comandante da UPP da comunidade, capitão Victor Fernandes de Souza, o corpo de Douglas estava dentro de uma escola municipal da favela. Segundo o comandante, não houve confrontos no local.
Na tarde desta terça-feira, os policiais da unidade foram chamados para fazer a remoção do corpo que, segundo o capitão, não tinha marcas de tiro. A Polícia Civil fez uma perícia no local e, segundo nota oficial, constatou que as escoriações encontradas são compatíveis com morte por queda. A perícia não encontrou nenhuma perfuração feita por arma de fogo. Entretanto, ainda faltam exames conclusivos, como a necrópsia. A investigação está a cargo da 13ª DP (Ipanema).
O corpo do dançarino foi levado para o IML, no Centro da cidade. A ex-mulher de Douglas, Larissa de Lima Ignato, fez o reconhecimento. Na página do Facebook de Douglas, ele aparece em fotos ao lado da apresentadora do programa, Regina Casé, e também com outros artistas, como Valeska Popozuda e Anitta.
Policiais baleados
Há muita correria na rua e bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas pela polícia para conter o protesto. No início da noite podiam ser ouvidos muitos disparos. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) também foi chamado ao local. Segundo moradores, um policial foi baleado e manifestantes tentaram atear fogo à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela.
O acesso ao Túnel Sá Freire Alvim foi fechado. Também foram interditadas a Rua Raul Pompeia e a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, na altura da Sá Freire. Uma pessoa já foi detida.
Uma moradora afirma que houve tiroteio na favela durante a madrugada de terça, que teria começado por volta das 3h:
— Todo o morro está sem luz desde a madrugada. Agora no início da noite, policiais passaram com granadas na mão.
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