Maranhão da Gente
Em matéria jornalística apresentada, na noite da última segunda-feira (23), a Tv Record produziu e veiculou uma série de reportagem intitulada “ A Estrada da Fome”, onde mostrou a miséria em alguns municípios do Estado. Para matar a fome, muito dos entrevistados tinha como única refeição uma mistura de água suja com farinha, ou uma melancia colhida antes da hora e ainda verde, ou alguns dos biscoitos do último pacote, ou simplesmente, o arroz puro. Vale ressaltar que na maioria das casas, nenhum dos itens alimentícios citados acima eram encontrados, sendo a fome a única companhia. Em um dos casos mais chocantes, uma idosa de 75 anos, tinha apenas um copo de suco de buriti, única fonte de alimentação durante todo um dia.
Revoltado com o que assistiu, Othelino Neto declarou: “Venho a esta tribuna hoje falar da matéria da TV Record. Ao mesmo tempo em que a denúncia é forte, é importante, é uma matéria feita com muito cuidado. É muito ruim saber que existem estas situações. Ver aquela senhora magrinha tendo a única e última refeição do dia, um suco de buriti, depois ver aquelas crianças naquela situação realmente é lamentável e aquilo é o legado principal que ficou para o Maranhão depois de 50 anos de mando de um grupo só. Aquilo foi o que eles entregaram para o Maranhão. Esse, infelizmente, é o quadro”, desabafou Othelino.
Dando continuidade ao comovente discurso, Othelino ressalta que o quadro apresentado é apenas uma síntese da vida de milhões de conterrâneos maranhenses. “Aquilo é fruto de anos e anos de décadas de políticas públicas concentradoras, de políticas públicas que não visavam promover a melhoria das qualidade de vida das pessoas, e, principalmente porque muitos recursos que vinham para o Maranhão não chegavam às pessoas. Eles eram desviados no meio do caminho e aí promoveu esse estado de pobreza que infelicita o nosso povo”, pontuou.
Outro ponto que chamou atenção do parlamentar foi em relação ao esqueleto de um hospital, segundo a reportagem da Record, desde 2009, ele estava em construção e ficou parado. “Estava o esqueleto, mais ou menos parecido, deputado Fernando Furtado, com o que a gente viu, em Presidente Sarney, só que o esqueleto de Presidente Sarney ele já estava um pouco mais adiantado do esse mostrado na reportagem, creio que no município de Marajá do Sena, município de Belágua, mas, de toda forma, um e outro não servem para a finalidade principal, não atendem a população. O hospital que está só o esqueleto é claro que não vai atender ninguém porque não tem nem teto para cobrir. O outro está até coberto, pronto, está faltando umas partes de parede, piso, revestimento, equipamento, faltando profissional, que é o principal, mas está, pelo menos, pronto o prédio. Então, eu queria lamentar nesta tribuna que nós tenhamos que passar por isso. E hoje não só lamentar esse triste legado deixado pelo grupo político que foi afastado do poder no Maranhão, desde as eleições, com a decisão do povo maranhense nas eleições de outubro passado. Mas olhar para frente e ver que, apesar de toda a tristeza que é, apesar da vergonha que é a gente saber que existe isso no Maranhão, tem uma forte convicção de que nós haveremos de ajudar e já estamos ajudando a começar a mudar essa realidade”, reforçou Othelino.
Mais IDH
Para começar mudar a realidade, o atual governo do Maranhão, por meio do governador Flávio Dino, decretou e instituiu o Programa Mais IDH. A medida tem por objetivo promover a superação da extrema pobreza e das desigualdades sociais no meio urbano e rural, por meio de estratégia de desenvolvimento territorial sustentável. O plano tem como foco inicial as populações dos 30 municípios maranhenses com piores indicadores de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Para Othelino, a medida do atual governo foi acertada. “Destaco o Programa Mais IDH que tem como foco alguns dos municípios citados na matéria. Ele vai ajudar a melhorar concretamente a vida das pessoas. Não se tem uma vara de condão, então não se vai conseguir, em um curtíssimo espaço de tempo, resolver o problema que foi construído, durante quase 5 décadas, mas é compromisso do governo, e, o governador, ontem, logo ao final da reportagem, já estava nas redes sociais dizendo o seguinte: Não fomos nós que construímos isso, mas agora nós temos a obrigação de resolver”, disse o parlamentar
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