Estadão
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), participou nesta terça-feira de sua primeira sessão na 2ª Turma do STF e teve sua chegada comemorada por seus colegas. A 2ª Turma é o colegiado que vai julgar parte da Operação Lava Jato. Com a mudança, Dias Toffoli assumirá a presidência da segunda turma a partir de maio, quando termina o período do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, à frente do grupo.
O presidente da 2ª Turma, o ministro Teori Zavascki, disse que a mudança de Toffoli representa uma "importante missão institucional". "Vem atender a necessidade da segunda turma num momento difícil", completou. Gilmar disse ainda que a mudança evitou que o novo ministro do STF seja escolhido sob a pressão de julgar a Lava Jato. "Imaginávamos que a não transferência de um membro da primeira para a segunda causaria uma pressão ímpar, um questionamento intenso para o colega (novo ministro). Uma pressão política que cada vez se torna mais pronunciada", disse.
Krishna
Ao encerrar sua fala, Toffoli citou um texto religioso hindu chamado Bhagavad Gita, que cita um diálogo entre a deusa hindu Krishna e Arjuna, um discípulo guerreiro. No trecho, Arjuna representa uma alma confusa sobre o seu dever. "Há momentos na vida que temos que tomar decisão. É como uma conversa que Arjuna tomou com Khrisna", disse.
Ex-advogado do PT, Toffoli já atuou como assessor jurídico da Liderança do PT na Câmara dos Deputados (de 1995 a 2000), subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil no governo Lula (de janeiro de 2003 a julho de 2005) e advogado-geral da União (de março de 2007 a outubro de 2009), também no governo Lula.
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