A psicóloga Natália Ponte, mãe do meninoJoaquim Ponte Marques, foi presa novamente na manhã deste sábado (4) após o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decretar a prisão preventiva dela e do padrasto, Guilherme Longo. A informação foi confirmada à EPTV pelo delegado Paulo Henrique Martins de Castro, que chefiou as investigações sobre o desaparecimento e a morte da criança de 3 anos. O decreto foi assinado pela 1ª Juíza de Direito Auxiliar, Lucilene Aparecida Canella de Mello. Guilherme Longo segue detido na Delegacia Seccional de Barretos (SP).
Natália foi presa em São Joaquim da Barra (SP), cidade onde vivem seus pais, e levada para a Cadeia Feminina de Franca, onde permanece detida sozinha em uma cela. A psicóloga chegou a ficar presa por 31 dias, mas foi libertada em dezembro após o Tribunal de Justiça de São Paulo conceder a ela um habeas corpus, antes da conclusão do inquérito policial. A família substituiu o advogado de Natália Ponte, porém, nãoquis revelar o nome do novo defensor.
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Na última quinta-feira (2), o promotor Marcus Túlio Nicolino encaminhou à Justiça de Ribeirão Preto (SP) a denúncia sobre a morte do menino. Além do indiciamento e do pedido de prisão preventiva do padrasto – já formalizados em relatório elaborado pela Polícia Civil –, o promotor acusa a psicóloga de omissão e pediu também a prisão preventiva da mãe de Joaquim. Para Nicolino, a psicóloga deve ser responsabilizada porque tinha ciência dos riscos que corria enquanto vivia com Longo.
O delegado Paulo Henrique Martins de Castro entregou à Justiça a conclusão do inquérito policial sobre o caso no dia 27 de dezembro. No relatório final, entregue à 2ª Vara de Execuções Criminais do Fórum de Ribeirão Preto (SP), Castro indicia o padrasto do menino, Guilherme Longo, pelos crimes de homicídio doloso triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O pedido de prisão preventiva do técnico em TI também foi anexado ao documento
Entenda o caso
Joaquim Ponte Marques foi encontrado morto no dia 10 de novembro, boiando no Rio Pardo. Ele havia desaparecido no dia 5 de novembro da casa onde vivia com a mãe, o padrasto e o irmão, no bairro Jardim Independência, em Ribeirão Preto.
Joaquim Ponte Marques foi encontrado morto no dia 10 de novembro, boiando no Rio Pardo. Ele havia desaparecido no dia 5 de novembro da casa onde vivia com a mãe, o padrasto e o irmão, no bairro Jardim Independência, em Ribeirão Preto.
O padrasto de Joaquim está detido na Delegacia Seccional de Barretos desde que o corpo do menino foi encontrado e foi indiciado por homicídio triplamente qualificado. De acordo com o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, que chefia as investigações, o indiciamento de Longo foi feito baseado num conjunto de provas. No entanto, segundo Castro, o trajeto feito pelos cães farejadores e a diferença de doses de insulina encontrada em uma das canetas que eram utilizadas no menino – que sofria de diabetes – foram determinantes para incriminar o padrasto.
Para Castro, Longo aplicou uma superdosagem de insulina no menino e depois jogou o corpo dele no córrego que fica nas proximidades da casa da família. O delegado, no entanto, diz não ter encontrado indícios que pudessem ser levados em consideração para que Natália Ponte respondesse pela morte do filho. Já a Promotoria teve um outro entendimento.
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