sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Sábado inicia a Campanha Nacional de Vacinação contra paralisia infantil e sarampo



Vacinação
A campanha tem como objetivo manter a erradicação da poliomielite e garantir a eliminação do sarampo no Brasil


 (Karlos Geromy/OIMP/D.A.Press.Brasil.São Luís-MA. )
 
Estimativa é de que 12 milhões de crianças sejam vacinadas em todo o país. A campanha será realizada até o dia 28 de novembro em mais de 100 mil pontos de vacinação do SUS
O Dia D de mobilização para a vacinação contra a paralisia infantil e o sarampo, que será realizado neste sábado (08), marcará o início da Campanha Nacional de Vacinação. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, participará da ação na unidade de saúde Gothardo Peixoto Figueiredo Lima, no Bairro Damas, em Fortaleza (CE). A mobilização será realizada em mais de 100 mil pontos de vacinação em todo o país. Haverá, ainda, um novo Dia D, em 22 de novembro, com o objetivo de reforçar o alcance da campanha. A expectativa é de que mais de 12 milhões de crianças sejam vacinadas até o dia 28 de novembro.


A campanha, que tem como objetivo manter a erradicação da poliomielite e garantir a eliminação do sarampo no Brasil, contará com a participação de mais de 350 mil profissionais de saúde. Além disso, estarão disponíveis 42 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais, para garantir a vacinação aos locais de difícil acesso. Para garantir que o esquema básico seja  cumprido, as vacinas contra a poliomielite, o sarampo, rubéola e caxumba continuam disponíveis durante todo o ano nos postos de saúde do Sistema Único de Saúde.

“Neste sábado, realizaremos o Dia D da campanha de vacinação contra a poliomielite e contra o sarampo. Levem seus filhos para se vacinar em um posto de saúde para se proteger contra essas duas doenças já eliminadas do Brasil. Precisamos desse reforço para que elas não voltem a circular no país e a causar mortes e sofrimento a nossas crianças”, reforça o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

A vacinação contra a poliomielite será destinada a crianças entre seis meses e cinco anos de idade incompletos. A medida tem como objetivo manter a erradicação da doença no Brasil, que não apresenta casos de poliomielite desde 1990. Para isso, o Ministério disponibilizará mais de 17,8 milhões de doses da VOP (Vacina Oral Poliomielite) durante a campanha. A meta é vacinar pelo menos 95% do público alvo, cerca de 12 milhões de crianças.

A recomendação do Ministério da Saúde é de que todas as crianças na faixa etária da campanha sejam vacinadas, pois a VOP vale tanto para colocar em dia a vacinação atrasada como para reforço de quem está com o calendário em dia. A VIP (Vacina Inativada Poliomielite),  utilizada no início de esquema de vacinação, também estará disponível para crianças com o calendário atrasado, ou seja, que não iniciaram o esquema de vacinação com as duas primeiras doses injetáveis, aos dois e quatro meses de idade.

“A poliomielite é uma doença que precisamos manter erradicada no nosso país, até porque ela ainda continua existindo em alguns poucos países da África e da Ásia. Portanto, ainda não podemos suspender, em definitivo, a vacinação. Ou seja, só podemos prevenir a paralisia infantil se nós conseguirmos atingir uma meta de mais de 95% das crianças que tenham entre seis meses de idade e cinco anos, ou que ainda não completaram cinco anos, que tomarão a vacina com a gotinha”, alerta o ministro Chioro.

Em relação ao sarampo, a recomendação é que sejam vacinadas crianças entre um e cinco anos de idade (incompletos). A meta é atingir ao menos 95% do público alvo, cerca de 10,3 milhões de crianças. Para isso, o Ministério da Saúde distribuirá mais de 11,8 milhões de doses da vacina tríplice viral, que além de imunizar contra o sarampo, também garante a proteção contra a rubéola e a caxumba.

Todos os estados e o Distrito Federal participarão da campanha de seguimento contra o sarampo. No estado do Ceará e em alguns municípios de Pernambuco, a vacinação foi antecipada a fim de interromper a cadeia de transmissão do vírus, devido ao registro de casos da doença em 2013 e 2014. Vale destacar que, apesar dos registros da doença nesses dois estados, todos os casos foram importados ou relacionados à importação, e o Brasil ainda é considerado livre do sarampo. No entanto, as crianças entre seis meses e cinco anos de idade incompletos que residem nesses estados devem comparecer aos postos de saúde para receberem a vacina contra poliomielite e atualizar a caderneta de vacinação para o sarampo, caso estejam em atraso. Jornal Imparcial.

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