2016 chegou. Porém, entretanto, todavia, transformá-lo no que você desejou, depende de mim, de você e de outros fatores que estão sob nosso domínio.
No pós-ditadura ficamos embriagados com os ares da liberdade e da democracia, e plantamos as sementes que nos traria alimentos democráticos e novos tempos sem fome, sem miséria, sem dores.
A Ditadura agiu Em nome do progresso, que não se realizou. No dizer da CNBB, a ditadura fez do Brasil o país da dor e da lágrima.
O que dizer do tipo de democracia em voga no país? Que monstro nós criamos!!
Na redemocratização preparamos uma nova terra e um novo plantio para colhermos frutos novos com cheiros e sabores da liberdade e da democracia. pois, os alimentos da nossa gente era a injustiça, a desigualdade social, a violência, a corrupção, o descrédito com a política, o desrespeito aos direitos humanos, a tortura…etc.
Pois bem, plantamos uma nova semente, mas não verificamos se ela estava envenenada ou adulterada. O resultado é que nasceu um monstro com tentáculos poderosos, trazendo frutos tão amargos quanto aos da ditadura. Ao ponto de muitos querem esta de volta.
O tentáculo mais terrível desse monstro chama-se CORRUPÇÃO. Que invadiu lares, instituições e até seguimentos religiosos.
O que plantamos e regamos, está diante de nós ao vivo e em cores.
Como como cortar esse tentáculo para enfraquecer o monstro, se são poucos os que combatem?
Como ousamos-nos a desejar feliz 2016, se no recôndito da nossa alma alimentamos o monstro?
Quando foi que levantamos para nos juntar aos poucos que o combatem?
Será que não já estamos hipnotizados pelo monstro? Ou será que já somos parte dele?
Examine-se cada um a si mesmo e verifique se não o é.
Enquanto não combatemos o monstro com os poucos que se oferecem, a nossa gente sofre a injustiça, a desigualdade social, a violência, a corrupção, a morte na fila dos hospitais, a atrofia educacional, o desrespeito aos direitos humanos, a execução em praça pública…
Coisas que fazem inveja à ditadura....coisas que nos levam para um buraco sem fim.
Em 2016 deixemos de alimentar esse monstro que devora nossos valores, que destrói nossa riquezas e que faz sofrer nossa gente.
Edgar Ribeiro
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