segunda-feira, 7 de abril de 2014

Caso Claudia: família de mulher arrastada pede R$ 724 mil de indenização

O advogado esclarece que a família deve ser reembolsada ainda de despesas com o funeral e o sepultamento, cujo valor pode ser de até cinco salários mínimos (R$ 3.620).









A família da auxiliar de serviços gerais Claudia Silva Ferreira, de 38 anos, morta durante uma operação policial no Morro da Congonha, em Madureira, e arrastada pelo carro da Polícia Militar, decidiu ingressar com uma ação na Justiça contra o estado por dano moral. O pedido de indenização é de mil salários mínimos (R$ 724 mil) para os familiares — marido, filhos, mãe e irmãos — de Claudia.
De acordo com o advogado João Tancredo, a intenção também é garantir à família, imediatamente, o pagamento mensal referente ao salário que Claudia recebia como auxiliar de serviços gerais, que era de R$ 800.
— Esse dinheiro é só para garantir a sobrevivência deles, enquanto não há um julgamento — explicou João.
Outro pedido que consta no processo judicial é o tratamento psicológico imediato, durante pelo menos seis meses, para o marido, os oito filhos, a mãe e os três irmãos da auxiliar de serviços gerais.
O advogado esclarece que a família deve ser reembolsada ainda de despesas com o funeral e o sepultamento, cujo valor pode ser de até cinco salários mínimos (R$ 3.620).
— Nós demoramos para entrar com a ação, porque o governo mostrou, inicialmente, que havia a possibilidade de acordo. Mas a família fixou um prazo até 31 de março para isso acontecer. Como não ocorreu, decidimos ingressar com a ação no dia 1º de abril na 9ª Vara de Fazenda Pública do Rio.
Familiares de Claudia Silva Ferreira, de 38 anos, e duas testemunhas da suposta operação policial que aconteceu na favela da Congonha, em Madureira - culminando na morte da auxiliar de serviços gerais, no último domingo - chegaram na manhã desta sexta-feira à 29ª DP (Madureira) para prestar depoimento sobre o caso.
Na entrada da delegacia, o viúvo Alexandre Fernandes da Silva, de 41 anos, comentou a soltura dos três policiais militares que estavam na viatura que arrastou Cláudia por pelo menos 350 metros na Estrada Intendente Magalhães. Os militares foram soltos pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que acatou uma determinação da Auditoria de Justiça Militar.
— Nesse país só existe justiça para uns. Se eu bater em alguém agora aqui, vou ser preso na hora. Eles que mataram minha mulher estão nas ruas — lamentou o vigilante, acompanhado pelo advogado João Tancredo.
O advogado também trouxe a delegacia duas vizinhas de Claudia que estavam na comunidade no momento em que ela foi atingida apor um tiro na cabeça. Fonte: Globo.com.

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