quarta-feira, 29 de março de 2023

BREVE HISTÓRICO DOS 85 ANOS DE EMANCIPAÇÃO DE TUTÓIA

 29 DE MARÇO DE 1938 A 2023


A historicidade dessa cidadezinha praiana remonta a um passado bem longínquo. Dados históricos afirmam o seu povoamento desde o século XVIII, quando foi confirmada a demarcação de terras no litoral para os indígenas Teremembés, aproximadamente em 1727, sendo denominada de Vila Viçosa com sede no atual povoado de Tutóia Velha. E em 1758, por resolução do império foi elevada a categoria de Vila de Tutóia.

Em 1901, após ter pertencido ao município de Barreirinhas, passa a ter sua sede no Porto de Salina(atual sede), que surgiu em 1822, quando o Coronel Paulino Neves, instalou suas atividades comerciais na margem do igarapé.

Nessa época, fixou-se uma significativa atividade portuária: Carga e descarga de mercadorias, uma vez, que inexistia a rodovia que atualmente a liga a outros municípios.

Decorrido esse período, no início do século XX, em 1938, adquire foros de cidade. E em 31 de dezembro de 1948, pela Lei Estadual nº 269, são criados os Distritos Barro Duro e Paulino Neves e anexado ao município de Tutóia. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 17 de Janeiro de 1991, pela Lei Estadual nº 6185, de 10 de novembro de 1994, desmesbra do município de Tutóia, o Distrito de Paulino Neves, elevado à categoria de município.

Ministério do Meio Ambiente -Comunicado dos empreendimentos - Área Ambiental

 

Comunicado aos moradores, moradoras, visitantes e empreendedores do povoado Arpoador e Peroba. TUTÓIA - MA.


Segue abaixo o COMUNICADO











JORNALISTA ELIVALDO RAMOS RESUME TUTÓIA 85 ANOS

 BLOGUEIRO PROFESSOR ELIVALDO RAMOS EM UM SALTO JORNALISTA APRESENTA 85 ANOS TUTÓIA. VÍDEO


Parabéns... terra amada 85 anos

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Um vídeo com breve abordagem histórica, social, cultural e econômica de Tutoia no aniversário de 85 anos.

Fazem aniversário dia 29 de março nas seguintes cidades no Maranhão. 


Dia 29 - Aniversário de Tutóia

Dia 29 - Aniversário de Barreirinhas
Dia 29 - Aniversário de Araioses

Dia 29 - Aniversário de São Bernardo

Dia 29 - Aniversário de Vargem Grande

Dia 29 - Aniversário de Barão de Grajaú

Dia 29 - Aniversário de Chapadinha

Dia 29 - Aniversário de Loreto

Dia 29 - Aniversário de Mirador


Agradecimentos aos vídeos usados neste trabalho: 

@ollivertur4875

@visitetutoia9120

@brucefotografia7197

@AdventistasMaranhao

@leandrorocha6814

@elivaldoramos.tutoia

@pousadadeltavillagetutoia-2323

@CBF

@a.rstudiogravacoes-tutoia-7993

@centraldenoticiasbrasil 



Texto do vídeo:
  1. Aqui é Tutóia, um município de 60 mil habitantes. Está situada entre o Delta do Parnaíba e os Lençóis Maranhenses.

  2. Hoje, 29 de março, faz 85 anos. Mas, sua povoação é do século XVIII com o aldeamento dos índios Teremembés, por um padre Jesuíta. Estes prédios históricos guardam traços da época do Brasil Colônia. A construção mais antiga é da igreja de Nossa Senhora da Conceição no povoado Tutóia Velha. É uma igreja de mais de 200 anos. 

  3. Boa parte do transporte de passageiros da zona rural para a urbana ainda é feito em veículos como esses com tração nas 4 rodas. 

  4. O maior empregador do município é a prefeitura, mas, a cidade tem um aquecido comércio varejista, serviços bancários e da previdência social que atrai pessoas de municípios vizinhos em busca desses serviços.

  5. O artesanato tem destaque no povoado Curralinho, utilizando principalmente a fibra do buriti.

  6. Na cultura, temos a dança do caroço, genuinamente tutoiense, e o bumba-meu-boi. O boi Pelado, o 2º maior boi do mundo, é daqui. 

  7. Aqui também tem lugar de destaque a pesca do camarão. E na agricultura familiar, a fabricação de farinha de mandioca. 

  8. O famoso camarão de Tutóia, é a iguaria mais apreciada da nossa culinária.  

  9. No esporte temos craques no beach soccer e no ciclismo. 

  10. Mas o setor que mais cresce em Tutóia nos dias atuais é o turismo. A praia do Arpoador é a preferida dos turistas, seguida do passeio pelas ilhas do Delta e um banho nas lagoas que se formam entre as dunas, além do balneário da Lagoinha. A praia da Barra nos últimos passou a receber novos investimentos com esse aqui que será o maior hotel da costa tutoiense. É nessa praia que os visitantes admiram o velho navio Aline Ramos encalhado na década de 80

  11. Esta é a nova Tutoia, das festas religiosas, culturais e tradicionais de um povo batalhador que vem protagonizando sua história ao longo de séculos. 

Parabéns Tutóia, pelos seus 85 anos de emancipação política.


Elivaldo Ramos
29.04.2023 

DEPUTADO MARANHENSE FALA QUE O DESMATAMENTO VEM CAUSANDO IMPACTO NO MARANHÃO

 

Júlio Mendonça alerta para impactos do desmatamento nas chuvas no MA


Na sessão plenária de terça-feira(28), o deputado estadual Júlio Mendonça (PCdoB) falou sobre a situação de diversos municípios maranhenses que vêm sofrendo com as fortes chuvas e com as consequências da voçoroca, um fenômeno geológico que consiste na formação de grandes buracos de erosão.

“Esse fenômeno vem acontecendo há décadas em consequência do desmatamento, do uso inapropriado do solo por madeireiros, pecuaristas e, agora, também pelos agricultores de soja”, disse o parlamentar.

Segundo Júlio Mendonça, as causas desse fenômeno poderiam ter sido evitadas. Para ele, cabe aos parlamentares fazer um debate, apontar soluções e criar condições para que os impactos sejam menores no futuro.  O deputado informou que está acompanhando uma comissão de juristas, coordenada pelo promotor de Meio Ambiente Fernando Barreto, que vem estudando e reavaliando as leis que tratam do assunto.

“Precisamos evitar esses fenômenos extremos que tanto assolam e prejudicam principalmente a população mais pobre”, frisou Mendonça.

O município de Buriticupu foi o maior atingido pelo fenômeno da voçoroca. Segundo o Corpo de Bombeiros do Maranhão, 51 cidades maranhenses já decretaram estado de emergência.

O QUE ACONTECERÁ COM A CHEGADA DE BOLSONARO AO BRASIL DIA 30 - FLÁVIO DINO

 

Dino descarta PF fora do aeroporto do DF na chegada de Bolsonaro


    Durante a audiência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), foi questionado sobre o retorno do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), ao Brasil, na próxima quinta-feira (30).

    Dino deixou claro que no Aeroporto Presidente Juscelino Kubistchek, no Distrito Federal, agentes da Polícia Federal estarão lá de prontidão, mas destacou que não poderão atuar fora do aeroporto.

    “A Polícia Federal não pode fazer segurança externa ao aeroporto. No aeroporto, sim, nós faremos. A PF vai agir de acordo com a lei. Eu lamento, mas não posso atender ao seu pedido de descumprir a lei. Quem faz o policiamento fora do aeroporto é a Polícia Militar do Distrito Federal”, afirmou Dino ao responder sobre o assunto para o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).

    Já o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que está sendo montada uma operação pelo secretário de Segurança, Sandro Avelar]e sua equipe.

    É aguardar e conferir, já que existe uma expectativa grande para a chegada de Bolsonaro ao Brasil, desde que deixou o país no fim do ano passado.

    VÍDEO: FALA DE FLÁVIO DINO PESA O CLIMA ENTRE DEPUTADO DA OPOSIÇÃO - CCJ

     

    Terra plana, quebra de microfone e processos: falas de Dino e oposição na CCJ. Veja os vídeos

    A ida do ministro da Justiça, Flávio Dino, à CCJ da Câmara rendeu falas inusitadas tanto do membro do governo Lula quanto de parlamentares da oposição.

    Dino confrontou declarações do deputado André Fernandes (PL-CE), que o acusou de responder a 277 processos na Justiça. (veja no vídeo abaixo)

    O ex-governador do Maranhão afirmou que “nunca respondeu a nenhum processo judicial”. Após a réplica do parlamentar bolsonarista, que mencionou uma busca realizada na plataforma JusBrasil, Dino comparou o método de pesquisa relatado com a crença no terraplanismo.

    — Não acredito que tenha sido de mau gosto, talvez simplesmente não lembre porque, enfim, foram poucas as vezes. O senhor acabou de falar que não responde a nenhum processo e no Jusbrasil diz que o senhor responde a 277 processos. Mas são poucos, eu acredito que tenha esquecido — ironizou Fernandes.

    Flávio Dino riu da declaração do parlamentar e disse que vai “contar para os alunos como piada”. Em seguida, esclareceu que os resultados da pesquisa referida pelo parlamentar não correspondem apenas a processos nos quais o cidadão é réu: “Aparecem os nomes de quem pediu direito de resposta na Justiça, de quem foi requerido em um pedido de resposta, aparece o nome de quem registrou a candidatura ou prestou contas à Justiça Eleitoral, de quem foi testemunha em algum processo”, enumerou o ministro.

    — Dizer com base no JusBrasil que eu respondo a 277 processos se insere mais ou menos no mesmo continente mental de quem acha que a Terra é plana. E, claro que olhando nos seus olhos, eu vejo que o senhor sabe que a Terra é redonda. Então, assim como o senhor sabe que a Terra é redonda, nunca mais repita essa mentira dos 277 processos — acrescentou Dino.

    Em outro momento, o ministro da Justiça foi interrompido ao comentar sobre acusações sem provas contra o PT e citar a ocasião da quebra do microfone do plenário da Câmara por Fernandes. Na semana passada, o bolsonarista se exaltou durante um pronunciamento na tribuna e deu um tapa no equipamento da casa. A direção da Câmara decidiu que irá cobrar o parlamentar pela quebra do equipamento, no valor de R$ 1.600. (veja no vídeo acima)

    O JusBrasil é uma plataforma não oficial de consulta de atos oficiais e jurídicos que oferece a opção de pesquisar e acompanhar processos reais, além de modelos, artigos e notícias sobre o universo jurídico.

    Visita à Maré

    O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (28) que sua ida ao Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no dia 13 de março, atendeu a um convite da comunidade. Dino classificou como “esdrúxula” qualquer tentativa de relacionar o fato a um encontro com líderes de grupo criminoso. (veja no vídeo acima)

    “Recebi o convite, já recebi outro e espero outros similares. Sempre irei, porque não é favor, é dever. Não sou traidor dos meus compromissos com a sociedade e farei audiências públicas similares nas comunidades mais pobres e simples do Brasil, porque, afinal, são os destinatários da Segurança Pública”, disse o ministro, que participou como convidado de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    Logo após a visita de Dino à Maré, parlamentares de oposição afirmaram na tribuna da Câmara e em redes sociais que o ministro teria ido à comunidade “de peito aberto”, ou seja, sem qualquer suporte policial, para se reunir com líderes de grupo criminoso. “Considero, a estas alturas, perdoem-me, algo esdrúxulo imaginar que eu fui me reunir com Comando Vermelho e avisei à polícia. É preciso ter seriedade no debate público”, acrescentou o ministro.

    Em visita à comunidade, Dino participou do lançamento da 7ª edição do boletim Direito à Segurança Pública na Maré, a convite da ONG Redes da Maré. Segundo o ministério, o ato mobilizou o apoio das polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal e do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro.

    Preconceito

    Para Dino, as falas dos parlamentares refletem um preconceito com comunidades pobres do Brasil. “Na próxima, vou convidar os deputados federais para irem comigo, porque não é todo mundo que tem medo das comunidades mais pobres do Brasil”, disse.

    Durante a audiência, Jordy e Caroline de Toni (PL-SC) afirmaram que, ao acionar o STF no caso, o ministro estaria limitando a liberdade de expressão e a imunidade parlamentar. Segundo Jordy, o Complexo da Maré é um local dominado pelo tráfico local, o que tornaria legítimo questionar o ministro sobre a visita.

    “Sabemos que o Complexo da Maré é dominado pelo tráfico. É o local de maior concentração de armas de guerra do Brasil e o local de maior distribuição de drogas para Niterói, Baixada Fluminense e para a região dos lagos”, disse ele.

    Em resposta aos deputados, Dino afirmou que é necessário saber diferenciar questionamento de afirmação. “A imunidade parlamentar não pode ser desvirtuada. Uma coisa é fazer questionamentos, outra é dizer: Flávio Dino foi na Maré em acordo com Comando Vermelho. Isso não é questionamento”, disse.

    O deputado Mauricio Marcon (Pode-RS), por sua vez, quis saber se a ida do ministro à Maré contou com autorização de traficantes e milicianos. “Resposta simples: sim ou não?”, indagou.

    Os deputados Rodrigo Valadares (União-SE) e Delegado Ramagem (PL-RJ) também questionaram como se deu a entrada do ministro na comunidade.  “O cargo de ministro da Justiça já causa uma repulsa natural da bandidagem. E o senhor foi à Maré como vai ao São Luís Shopping”, disse Valadares. “Se foi feito com a anuência de uma organização criminosa, qual a contraprestação que eles esperam do senhor ministro da Justiça ou do Ministério?”, perguntou Ramagem.

    Dino reforçou que esteve na comunidade a convite. “Eu não tenho acordo com facção criminosa, deputado Ramagem, o senhor me respeite. E não há contrapartida do ministério para fações, basta olhar os fatos”, disse o ministro. “Quero fazer novamente o meu desagravo a essa visão, que é contra as pessoas que moram em bairros populares”, acrescentou.

    Ressaltando características da comunidade da Maré, o deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ) defendeu a vista do ministro. “A Maré tem 140 mil habitantes, é o nono bairro mais populoso do Rio de Janeiro, tem 44 escolas públicas, unidade de saúde, orquestra, museu, escola de dança, companhia de teatro, igreja, rodas de samba e um montão de ONGs e movimentos sociais atuando ali. Vocês acham mesmo que essas pessoas todas são traficantes?”, disse Motta.

    terça-feira, 28 de março de 2023

    QUERO HOJE ME DIRIGIR A 1º TUTÓIA DA HISTÓRIA - Tutóia Velha

     Túnel do Tempo


    Se estamos preste a comemorar o aniversário da nova Tutóia, seria honrosamente gratificante reconhecermos a primeira sede desse histórico povoado - Tutóia Velha, com marcantes passado da história e contribuição a sucessão da mudança da sede há 85 anos...



    Tutóia Velha, há 12 km da sede do município de Tutóia, é um povoado histórico, localizado às margens dos riachos Banguê e Tamancão, em terreno sólido, um pouco declinado, que na estação chuvosa aparecem rachaduras provocadas pelas enxurradas: É o que acontecem em várias ruas ao lado da igreja e na rua Clementino Ramos. É o mais antigo povoado fundado pelos índios Teremembé, berço de uma tradição histórica muito importante. Foi sede do Poder Executivo e Legislativo(Tutóia), formadores da intendência de antigamente. Ainda hoje existem marcas que comprovam uma história de séculos atrás: Foram encontradas na praça, perto da Igreja, pelos pedreiros no ano de 2000, várias ossadas humanas - um verdadeiro cemitério clandestino. Para alguns, aqueles restos humanos seriam dos índios Teremembé, do tempo da matança dos mesmos no século XVI: para outros, seriam dos lutadores da guerra da Balaiada, no século XVIII. 

    Certeza ou dúvida, esses fatos históricos aconteceram na ex. Vila. A Igreja de Nossa Senhora da Conceição é também uma relíquia histórica contendo um acervo religioso e cultural importantíssimo - são lembranças que não se apagam com o tempo. Muitas pessoas chegam lá, vindas de Parnaíba, São Luis, Fortaleza e Tutóia, para pesquisarem a história do lugar, dos índios Teremembé e da Dança do Caroço. Várias casas mais antigas foram demolidas com o tempo: Outras continuam fechadas com o caseiro por perto - é que os donos passaram a morar em outras cidades: Parnaíba e São Luis, por exemplo. De vez em quando eles vão à Tutóia, desfrutar do bom clima e das águas límpidas e despoluídas dos riachos, que fazem parte também dos pontos turísticos do município. 

    As atividades de trabalho das pessoas são a pesca, a agricultura, artesanato de palha das palmeiras. Assim realizamos mais uma pesquisa pelo titular do Blog Antonio Amaral, em homenagem 85 anos de Emancipação da nova Tutóia e não podemos deixar cair no esquecimento a antiga Vila.

    Fonte: Livro Bernarda Cantanhênde

    José Arlindo: Baú Memória Tutóia - Família Brasil

     

    Baú Memória - do saudoso líder da família Brasil - Tutóia 85 anos!


    José Arlindo Coelho Brasil, nasceu em 04 de maio de 1946, no povoado Baixão dos Almeidas, município de Tutoia/MA. Filho de Maria Coelho Brasil e Manoel Almeida. Com 02 anos de idade, mudou-se com sua mãe e sua irmã  Ozima, para o Povoado Lagoinha deste mesmo município.  Anos depois  mudando-se para a sede, neste mesmo período sua mãe adotou um casal de filhos. Segue abaixo a vida e trajetória de um dos homens influentes no surgimento da colônia de pescadores por esse município, também na década de 70, como relata o livro do Sr. Coizinha

    Foto: José Arlindo e sua primeira neta(Crislaine Brasil) 

    Ele já conhecido como Zé Arlindo, aos 15  anos de idade  começou a pescar,  sendo um dos companheiros  do senhor Antônio Felix (Baraeiro) e aos 18 anos, foi trabalhar nas salinas do Igorohom onde passou aproximadamente (02) dois anos.  Com  20 anos de idade, casou-se com Luiza Marques de Lima, com quem teve 12 filhos, os mesmo passaram a residir no Bairro São José.

    Em 1970, tornou-se sócio da Colônia de Pescadores  Z-17, posteriormente fazendo parte da diretoria como secretário tendo como Presidente o senhor Nelson Ferreira Silva, dando sua contribuição durante alguns anos. Como vivia no ramo da pesca, aproveitou as oportunidades e fez vários cursos profissionalizantes através da Diretoria de Portos e Costas do Mistério da Marinha. Já como sócio, prestou serviço no  Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Pesqueiro do Brasil-Base de Operação do PDP/MA, através da Superintendência do Desenvolvimento da Pesca- SUDEPE, trabalhando com a senhora Socorro Arraiz, na referida Colônia até o ano de 1979. Numa das viagens a São Luis, conheceu outros irmãos e irmãs paternos que moravam lá, os quais se orgulhava. 

    No ano de 1980, mudou-se para o centro da cidade, com a intenção de melhorar a vida da família, bem como estudos para os filhos, pois naquela época o trajeto do Bairro São José ao Centro era muito difícil por conta das dunas altas e muitas lagoas.

    Passava a maior parte do dia no bairro, onde fez da sua antiga casa um depósito para seus materiais de pesca, assim como, um ponto de comércio onde  vendia lanches. Com seus materiais dava oportunidade de trabalho ao irmão, aos parentes de sua esposa e a outros, comprando deles a produção. A partir daí já não tinha a pesca como uma atividade diária e resolveu se firmar como "atravessador". Depois ao ver as dificuldades de outros pescadores na venda de seus produtos, resolveu ampliar seus negócios  na compra e venda de pescados, e assim garantia estabilidade à sua família. Nesse ramo contava com a ajuda das filhas mais velhas quando não estavam na escola.

    Teve muitos companheiros de trabalho, amigos, entre eles  

    Sebastião Mágulas ( Bastim), Jose Antônio, Chagas Lima e especialmente o grande e velho amigo Francisco Pereira Diniz (Coizinha). Ele e seu Coizinha, diante do conhecimento que tinham da luta dos pescadores, trocavam idéias, faziam planos e sonhavam em buscar alternativas que melhorasse a vida dos pescadores, através da Colônia de Pescadores Z-17. Idéias e planos que eram compartilhados com outros envolvidos na luta, a lembrar Pedro Bina e João Gaspar. 

    Depois tornou-se sócio do Sindicato dos Arrumadores Carregadores e Ensacadores de Sal de Tutóia e Araioses/ MA, na categoria arrumador. Onde prestou serviços, inclusive indo trabalhar no Igoronhon, conforme escala até encerrar a vinda de navios que transportavam sal. No referido Sindicato fez parte da diretoria como tesoureiro. Após se aposentar, continuou na  atividade de compra e venda de pescados .

    Em janeiro de 1997, juntamente com toda família, tiveram uma grande perda causada por um acidente fatal com o filho Josiel, de 18 anos. Depois daquele triste fato foi observado pela família que ele, já com 51 anos, não tinha mais tanto vigor para o trabalho que exercia, mas continuou naquela luta diária até o dia 20 de outubro do mesmo ano, data que antecedeu sua morte causada por um infarto fulminante. Deixou sua esposa, 10 filhos e 07 (sete) netos. Foi uma pessoa que nunca deixou de exercer suas responsabilidades como pai e esposo, buscando sempre trabalhar para garantir o bem estar dele e da família. Junto com sua esposa pelo pouco conhecimento que tinha se esforçaram para ajudar na formação do caráter e garantir a formação educacional de seus filhos (as). Foi um homem muito trabalhador,  de caráter incontestável e solidário que, diante de suas possibilidades desempenhou seu papel de cidadão da melhor forma possível.

    A memória não pode morrer - Tutóia 85 anos de Emancipada

    BAÚ DA MEMÓRIA: Tutóia 85 trás um documento túnel do tempo

     

    Viagem no tempo - Questão dos limites do Maranhão com o Piauhy ou Questão Tutoya

    Escritas e Controvérsias centenária



    Esse acervo está sendo redigido do jeito da sua originalidade datado em arquivos o Nortista dado em 18 de março de 1860, pelo governo imperial a um ofício do presidente do Piauhy, é assim concebido:

    Seguimos

    Nos debates desta questão, foram ouvidos várias e importantes figuras dos dois Estados limítrofes, cujo desenrolar dos trabalhos, foram publicados num períodico no século passado, com a denominação de: "O Nortista"

    Transcrevemos aqui o documento do "O Nortista" sob o número 09, neste documento em continuação sobre os limites entre os dois Estados, lê-se o seguinte.

    A solução a que se refere "O Nortista" data em 18 de março de 1860, pelo governo imperial a um ofício do presidente do Piauhy, é assim concebido: "Que por hora não teria lugar a annexação de Tutoya a aquela província, ficando reservada a decisão desse assunto para quando tratasse do regulamento geral dos limites de todas as províncias do império.

    Conclue-se, evidentemente, - acrescente o Nortista - que desde esse dia a barra de Tutoya, ficou considerada pertencendo ao nosso Estado. Mas como? Onde colige semelhante coisa ? Perguntam os maranhenses.

    Publicado no Rio de Janeiro, não se conformando os deputados e senadores maranhenses, ali presentes, com os termos em que se achava o mesmo redigido, dirigiram-se ao ministro da marinha, referendário do referido aviso ou regulamento, com se quem se entenderam a semelhante respeito, verificando-se então que fora um equívoco, ou coisa equivalente, tanto assim que, dias depois no DIÁRIO OFICIAL - Nº 172, de 28 daquele mesmo mês e ano, seção reservada no Ministério da Marinha, lia-se o seguinte: Retificação.

    O aviso regulamentar de 13 do corrente, sob nº 1.450, aprova e manda executar o regulamento para o serviço de praticagem no estado do Piauy, compreendendo as barras de Canárias, Caju, e Tutoya, no Estado do Maranhão, como foi publicado.

    Nortista, nº 11, Constituição do mesmo asunto. Argumenta com um aviso do ministério da fazenda, de 1862, que autorizava a tesouraria do Piauy a construir barracões na barra de Tutoya, e diz que se o referido ministro reconhecesse que ela não pertence ao Piauy, diria - barra de Tutoya do Maranhão, publica o referido aviso mais alguns artigos do regulamento do porto da Parnahyba. O aviso a que se refere o Nortista, é o seguinte:

    Nº 55, Ministério dos Negócios da Fazenda, Rio  de Janeiro, 22 de fevereiro de 1822, José Maria da Silva Paranhos, presidente do Tribunal do Tesouro Nacional do Piauhy, em ofício de nº 125 de 5 de novembro último, sobre a necessidade que tem a alfândega respectiva de uma lancha para sondar à vela, e de dois postos de vigias nas barras de Tutoya e Amarração: Concede a mesma tesouraria sobre o atual exercício para a construção desde já dos barracões em que devem ser estabelecidos os ditos postos: E declara ao dito Sr. inspetor, quando ao crédito pedido para aquisição da lancha e seu custeio, que só o futuro exercício lhe poderá ele ser consignado, ficando para isso tomadas as competentes notas. Assim segue o original documento abaixo redigido e memorial o que pertence DELTA DO PIAUÍ E MARANHÃO, e os impasses entre os dois Estados(autoridades de governo).

    Baú memória, é uma dedicação do titular do Blog, que vem tendo de forma incessante entender a cidade que nasceu e a região ao longo da história de uma cidade centenária que é Tutóia. Mais dia 29 de Março de 2023, fará aniversário(1938-Emancipação).

    A memória não poderá se perder com o tempo

    segunda-feira, 27 de março de 2023

    BAÚ DA MEMÓRIA - Dança do Caroço mescla elementos das culturas indígenas e africanas

     

    Tutóia

    A DANÇA DO CAROÇO, ÚNICA NO MUNDO, SÓ EM TUTOIA (MA) - O professor Cineas Santos, um dos intelectuais mais respeitados do Piauí, ex-presidente do Conselho Estadual da Cultura, escritor de vários livros publicados, que apresentava o programa Feito em Casa, aos sábados, a partir das 8 e meia, na TV Cidade Verde, esteve em Tutóia Velha, no Maranhão, dia 13 de agosto de 2016, a convite do professor Severino Santos, para conhecer a Dança do Caroço, uma manifestação artística típica da região.

    A dança mescla elementos das culturas indígena e africana e nasceu no Povoado Dendê.

    Ele conversou com a mais antiga caxeira da cidade (pessoa que bate na caixa, um dos instrumentos utilizados na dança), dona Maria Grande que, aos 90 anos de idade, bateu numa caixa, feita artesanalmente de tronco de madeira, herdada do avô. Ela disse que virou “caroceira” ainda criança, quando acompanhava as tias, que eram brincantes. Ela estava acompanhada do irmão Pedro.

    Cineas Santos entrevistou também o professor de matemática Wander Cleison, brincante e estudioso desta manifestação. Para ele, a origem do nome da dança tem duas hipóteses, uma seria por ser a festa do café, quando os caroços eram pisados, e a outra porque a cabaça, outro instrumento usado na dança, é revestida de caroços.

    O professor Cineas Santos, finalizou a reportagem dizendo estar muito feliz por ter realizado a matéria em Tutóia (MA), pois mostrou o quanto o Brasil é rico e ao mesmo tempo desconhecido de todos nós.

    Vejam, na íntegra, a reportagem sobre a dança do caroço: https://cidadeverde.com/noticias/227131/cineas-vai-a-tutoiama-para-mostrar-a-danca-do-caroco

    Fotos: Professor Cineas Santos, com Pedro e a irmã Maria Grande

    VIDA E TRECHO ELZA DO CAROÇO

    ELZA DO CAROÇO COMO ERA CONHECIDA FALECEU NESTA TERÇA-FEIRA(19) CULTURA DE TUTÓIA ESTÁ DE LUTO.

    Falece agora de manhã Elza do Caroço - ícone da cultura Tutoiense  


    D. Elza como era conhecida deixou gravado seu nome na História da "cidade das areais brancas" quando introduz a dança e as músicas do caroço nos arraiais de Tutóia.

    Suas "cantigas" como ela chamava a levaram pra fora do país, como a Europa, por exemplo.
    Gravou CD's e foi convidada a participara de vários arraiais por esse Brasil afora.

    Elza teve apenas um filho (falecido) e residia atualmente no povoado Bom Gosto com seu neto.

    Clique e Veja aqui  Documentários em que ela leva o caroço e os caixeiros às telas do Brasil: Documentário Sobre Elza





    Irreverência, dedicação e amor com o que gostava de fazer.

    Do Titular do Blog: A cultura de Tutoia vai perdendo seus maiores nomes e parece que não há nenhum registro. Vá em paz D. Elza. Muito nos deixou, ao menos, na lembrança.


    Leia um trecho de uma entrevista com D. Elza disponível no site de Sérgio Ramos

    Elza Souza Mendes (Dona Elza), uma lição de vida.
    "Prá ficar alegre? Acho que é quando vem de dom mesmo. A mamãe dizia que “derna de bobisca” , ela me dava uma palmadinha e acabava que eu ficava sorrindo. 
    Quando eu peguei a começar a falar e entender ela, quando ela queria me dá eu corria pra cima dela me rindo ela, “calmava”. Acho que já vem “mermo”, né? 
    ... Ficar alegre, que tristeza não paga conta, paga dívida, (gargalhada) tristeza não paga dívida... (mais gargalhada, a gargalhada da Dona Elza).
    Alegria leva a tudo. Ahã, eu vou ficar triste! Isto faz a gente ficar “véio” e feio. Comigo não tem tristeza, embora esteja chorando, ainda choro sorrindo". 
    Escute o texto (clicando nos liks abaixo) na voz daDona Elza e você nunca mais vai reclamar da vida".Marimbondo - Vira-moenda.

    DANÇA DO CAROÇO
    De origem indígena, a dança do Caroço se concentra na região do Delta do Parnaíba, principalmente no município de Tutóia. É executada por brincantes de qualquer sexo ou idade.
    As toadas improvisadas são tiradas pelos cantadores com o acompanhamento dos brincantes que respondem com o refrão, acompanhados de instrumentos como caixas (tambores), cuíca e cabaça.
    Com roupas simples e livres, os componentes dançam isolados formando uma roda ou cordão. As mulheres trajam-se com vestidos de corpo baixo, na cor branca, com gola redonda e mangas com quatro folhos pequenos do mesmo tecido da saia, que deve ser estampada, franzida e curta, com três folhos.
    Dona Elza, é a maior referência desta dança no Maranhão


    Duas de suas "cantigas"
    Areia Branca - música em .mp3
    Autor/Intérprete: Elza Souza Mendes
    Dança do Caroço - Tutóia/MA

    Refrão
    Nós vem da Areia Branca
    Nossa canoa é o mar
    Nós mora lá em Tutóia
    Cidade de beira-mar

    Deixe eu ir cantar agora
    Que ainda eu não cantei
    Deixe eu ver a minha voz
    Sem data como eu deixei

    Refrão
    Você me mandou cantar
    Vou fazer sua vontade
    Que graça vocês acharam
    De ver cantar quem não sabe

    Refrão
    Você mandou cantar 
    Pensando que não sabia
    Nós somos como a cigarra
    Quando eu não cantar assobio

    Refrão
    Vou me embora, vou me embora
    Como eu já disse que vou
    Aqui eu não sou querida
    Na minha terra eu sou.

    Autor/Intérprete: Elza Souza Mendes
    Dança do Caroço - Tutóia/MA

    Eu plantei meu pé de lírio
    Na cacimba de beber
    A malvada da morena
    Deixou meu lírio morrer

    Refrão
    Massarico da lagoa
    Avoa, avoa
    Se tu quiseres avoar, avaodor

    Eu dei um nó na fita verde
    Desmanchei na encarnada
    Quem souber do meu segredo
    Se cale, não diga

    Refrão
    Eu tenho dois anéis no dedo
    Um é de ouro 
    Outro é de prata
    Tenho dois amor amor na vida
    Um é de branco outro é mulato

    Refrão
    Eu vou embora, eu vou embora
    Pra banda que meu bem mora
    Meu coração tá pedindo
    Quer que eu me arrume e vá embora

    Refrão 
    Ah! Não picote a bananeira
    Deixe o cacho amarelo
    Não despeça o tambor velho
    Deixe o novo acostumar

    Refrão
    Eu vou embora, eu vou embora
    Mas a Marica, meu bem
    Ela vai no seu cavalo
    E eu vou a pé que eu não tenho

    Refrão
    e menino eu vou embora
    Lhe escrevo lá do caminho
    Se eu não achar papel
    É nas asas do passarinho

    Ficha Técnica
    Caixa -Bernardo AwDomingos Roque/Francisco dos Santos/Antônio José da Silva Pereira
    Cabaça - João Evangelista G. Mendes/Antônio José da Silva