quinta-feira, 12 de março de 2015

Falar em impeachment cheira a golpe, afirma ministro





Ministro das Relações Institucionais




Responsável pela articulação política entre o governo e o Congresso, o ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais) afirmou, ontem, que os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff “cheiram a golpe”.

 Para o ministro, manifestações pacíficas são legítimas, mas o questionamento sobre o mandato da petista é “inadmissível”.

“Teve uma eleição legítima. As tentativas de questionar a legitimidade das eleições, todas foram negadas pela Justiça eleitoral. A tentativa de questionar é golpe à democracia. Não podemos aceitar isso. Há uma presidente no exercício do seu cargo ungida pelas urnas.


 E falar em impeachment é desrespeitar a vontade majoritária da população brasileira que foi às urnas. É algo que cheira a golpe e isso é inadmissível”, afirmou.
Apesar de sua avaliação, o ministro afirmou que as manifestações contra o governo, marcadas para o próximo domingo (15), são legítimas desde que sejam pacíficas e ordeiras.


“Nós vivemos em uma democracia. É legítimo que as pessoas se manifestem, cobrem do governo soluções. Se o protesto é pacífico, ordeiro, ele é um protesto que faz bem para a sociedade.Se não é pacífico, não faz bem.”
O Solidariedade, do deputado Paulinho da Força (SD-SP), lançou ontem uma campanha pelo impeachment de Dilma. É a primeira campanha oficial que um partido lança pela saída da presidente. Paulinho é um dos mais ferrenhos adversários da presidente e comanda a Força Sindical, central de trabalhadores.


O deputado afirmou que encomendou estudos com teses jurídicas sobre o afastamento da presidente, que fundamentariam o impeachment.
Segundo ele, o partido quer fazer uma consulta popular sobre o afastamento, com o objetivo de dar força à tese. O anúncio da campanha será na liderança do Solidariedade em Brasília.


A reportagem apurou que Paulinho já teve conversas sobre o assunto com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tem mostrado um crescente descontentamento com o Palácio do Planalto. G1 notícias.

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