quarta-feira, 28 de maio de 2014

Os deputados Jota Pinto (PEN) e Othelino Neto (PCdoB), ao repercutirem na sessão desta quarta-feira, 28, a greve dos motoristas de São Luís, criticaram a postura dos empresários de transporte coletivo que estariam criando dificuldades para o fim do movimento que está causando sérios transtornos à população.


Deputados afirmam que empresários estão forçando aumento no preço das passagens

Nice Moraes / Agência Assembleia

Os deputados Jota Pinto (PEN) e Othelino Neto (PCdoB), ao repercutirem na sessão desta quarta-feira, 28, a greve dos motoristas de São Luís, criticaram a postura dos empresários de transporte coletivo que estariam criando dificuldades para o fim do movimento que está causando sérios transtornos à população.

Os parlamentares afirmaram que os empresários estão pressionando o prefeito Edivaldo Holanda a conceder um aumento nos preços das passagens, o que, segundo eles, não seria concebível, visto a péssima qualidade dos ônibus que circulam na cidade. Jota Pinto lembrou que na então gestão do prefeito Tadeu Palácio, foram quase seis anos sem ter um aumento nos preços das passagens e não se via um movimento grevista no setor.  Além disso, a construção dos terminais teve início na Jackson Lago e teve continuidade com Tadeu Palácio.

“De lá para cá, quais foram as intervenções para melhorar o sistema de transporte coletivo na capital?”, indagou Jota Pinto, condenando a forma como os empresários e sindicato da categoria estão tratando a população  de São Luís.

Othelino Neto, ao enfatizar que o aumento exigido pelos empresários não se justifica, disse que o ponto fundamental para se falar na possibilidade de um aumento seria o transporte público de São Luís ter qualidade. “Eu considero muito estranha e extremamente negativa essa postura dos empresários de transporte coletivo de São Luís, de criar sérios constrangimentos a toda população de São Luís, forçando uma situação para ter um benefício que é injustificável”, afirmou Othelino Neto.

Ainda segundo ele, resolvida a crise e os ônibus voltando a circular normalmente em São Luís, é o momento, de fato, de se aprofundar a discussão sobre o sistema público de transporte em São Luís. “O secretário municipal de Transportes Canindé informou que vai começar em julho a realizar as audiências públicas; é fundamental que aconteça isso para que nós possamos passar a limpo o sistema municipal de transporte público e aí não ficar mais todo ano tendo que enfrentar esse tipo de crise, até o ponto de nós chegarmos à licitação para o transporte público em São Luís”.

Propostas

Na reunião ocorrida ontem entre a Secretaria Municipal de Transportes, Procon e sindicato patronal e dos trabalhadores, a prefeitura apresentou uma proposta om diversas sugestões para resolver o impasse da greve, mas não foi acatada. Foram pospostas no intervalo de até 90 dias, algumas medidas para reequilibrar o sistema financeiro do transporte público municipal. 

Segundo Othelino, a Prefeitura se comprometeu em passar para as empresas de ônibus a implantação da biometria facial a fim de impedir ou atrapalhar a fraude que acontece, por exemplo, quando alguém utiliza o direito de outro de não pagar a passagem. Também se se comprometeu em intensificar a fiscalização para evitar o transporte clandestino, que também é uma reclamação dos empresários de ônibus. Além disso, os rodoviários também fizeram um primeiro movimento para tentar ajudar na solução do impasse: eles que inicialmente exigiam 16% de reajuste nos seus vencimentos, passaram para 11%.

“Mas os empresários continuam intransigentes querendo que a passagem vá para R$ 2.70, ou então, que a Prefeitura passe R$ 4 milhões para poderem custear as suas despesas”, destacou.

“Só falta agora os empresários quererem que a Prefeitura de São Luís e a sociedade ludovicense financie o transporte coletivo. Eles têm empresas privadas, trabalham tendo lucro, esse prejuízo que eles argumentam ter, eu gostaria que eles provassem, que eles abrissem a planilha de custo para mostrar, porque sinceramente eu custo a crer, como eles dizem, que são prejuízos de milhões. Como é que alguém consegue se manter numa atividade econômica tendo prejuízos no campo dos milhões por vários anos?”, questionou Othelino Neto. 

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