domingo, 12 de outubro de 2014

Avaliação de Gastão Vieira o 2° candidato a senador mais votado pelo Maranhão



"Tenho capital político, tive mais de um milhão de votos", avalia Gastão Vieira
Com mais de um milhão de votos, Gastão aponta o sentimento de mudanças no estado como causa do fracasso nas urnas.

Glaucione Pedrozo/Jornal Imparcial


 
 (Karlos Geromy/OIMP/D.A Press)
Candidato ao Senado pelo grupo Sarney, Gastão Vieira diz que não se sente derrotado politicamente. Com mais de um milhão de votos, Gastão aponta o sentimento de mudanças no estado como causa do fracasso nas urnas.
 
O Imparcial – A sua diferença para seu adversário foi de pouco mais de 200 mil votos. O senhor se considera derrotado?

Gastão Vieira – Tem derrotas que você sai vitorioso e essa máxima se aplica a mim. Tive um milhão e trezentos mil votos. A minha derrota se deve aos grandes centros urbanos, onde o sentimento de vitória era muito grande, afinal eu venci em 107 cidades e ele em 110. Então considero meu desempenho foi muito bom e digo a você que esse acervo político conquistado, não pode ser desperdiçado.

E o que faltou para você vencer?
O número de abstenção foi muito alto. Então eu não consegui convencer a esses eleitores a vim votar em mim. Outro fator foi que nem eu e nem o Lobão Filho, tivemos a solidariedade dos prefeitos de ajudar a fazer com que o eleitor tivesse transporte para praticar o seu voto. Na reta final também, o Roberto Rocha desaparece de sua campanha e surge o Flávio Dino em seu programa, que acaba atraindo os eleitores dele, o suficiente para garantir a vitória dele.

O Roberto definiu a candidatura dele bem antes, ainda em 2013. Por sua vez, o senhor se manteve distante dessa discussão e só entrou na reta final. Isso não foi um erro?
Eu acho que vivemos um fenômeno que caracterizou a eleição nacional. Então tudo que houve para trás poderia ter influenciado, sobre o que ocorreu na última semana. Eu tive muitas dificuldades. Eu fui o último candidato do meu grupo. Primeiro fiquei esperando Roseana se decidir. Depois o Lobão Filho e por fim o Arnaldo Melo. Isso foi um tempo perdido. Alguns aliados, tiveram resistência em utilizar o meu material de campanha, o que me fez ter de trabalhar dobrado. Eu agradeço muito ao Lobão Filho, que me ajudou muito na massificação do meu material.

Faltou ajuda do governo na sua campanha?
Eu queria que o governo tivesse entrado na minha campanha. Olhando agora o resultado da eleição, eu avalio que eu era de fato o melhor candidato do grupo e se o governo tivesse entendido dessa forma, o resultado poderia ser diferente. Os mais de 1 milhão e 300 mil votos que recebi são meus, pois eu fui atrás deles. Se eu tivesse volume de campanha, o resultado também poderia ter sido diferente.

Lobão já disse não ter interesse em seguir na política, Roseana já se aposentou. O senhor pode ser a nova liderança desse grupo?
Olha, eu não quero falar em grupo. Existe um novo momento político. Se você olhar o mapa eleitoral, o governo Roseana está muito bem, afinal fez muitos deputados estaduais e federais. Mas esse grupo tende a desaparecer. E eu quero viver um novo grupo político. Pior que a dor do amor é a dor da política. Estou plenamente engajado na campanha da Dilma. Eu fui um grande vencedor e mostrei pra muita gente que tenho capital político. Eu espero ter sido a última vítima desse maniqueísmo de oligarquia Sarney.

E qual sua a expectativa sobre o governo da oposição?
Olha a oposição é craque para ganhar a eleição, mas péssima pra governar. Não vou aceitar eles chegarem no governo e afirmarem que eles não conseguem trabalhar por conta da família Sarney. Eu já vi essa história. Vai começar a choradeira, dizer que o estado está falido etc. Eles se preparam para ganhar eleição, mas nunca para governar. Eu torço pelo sucesso do governo de Flávio Dino, pois ele será governador de todos e eu como político também quero o bem do nosso estado.

Gastão e quais seus planos para futuro?
Meu plano é esperar o resultado do segundo turno da eleição presidencial. Ao derrotado, as glórias não vem fácil. Não sei se vou voltar para o ministério, caso Dilma seja eleita. Posso ir para a iniciativa privada, como posso ser convidado a ocupar cargos públicos. Na próxima semana, estarei reunido com prefeitos e aliados políticos para tomar minhas decisões.

Então fica certo que o senhor não está colocando um ponto final na sua carreira política?
De forma alguma. Não vou enterrar a cabeça na terra e ficar me lamentando. Você tem que ter consciência, que esses caras que foram eleitos, prometerem coisas estúpidas e esse discurso não pode ser repetido. Eles estão andando com a faixa da liberdade. Embora eu considere o Flávio um bom administrador, acredito que o papo furado da oligarquia vai continuar.

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