terça-feira, 5 de maio de 2015

Prefeito e mais três são presos operação contra agiotagem no MA


Ex-prefeito, empresário e contador também foram detidos nesta terça (5). Segundo a polícia, eles são suspeitos de desviar recursos públicos.

G1 



Richard Nixon foi preso nessa terça-feira (5) em São Luís (Foto: Reprodução)
Richard Nixon foi preso nessa terça-feira (5) em
São Luís (Foto: Arquivo Pessoal)
O atual prefeito de Bacuri (MA) Richard Nixon (PMDB), eleito vice-prefeito nas eleições de 2012 e que está substituindo o prefeito Baldoíno (PP) no cargo, e o ex-prefeito de Marajá do Sena (MA) Perachi Roberto Farias foram presos temporariamente na manhã desta terça-feira (5), nas operações "Morta Viva" e "Marajá", que investiga crimes de agiotagem nos dois municípios maranhenses.
Também foram presos o contador municipal José Epitácio Muniz (dono de empresas de fachada que operavam no esquema, segundo a polícia) e o empresário Josival Cavalcante da Silva, mais conhecido como "Pacovan".
A polícia também confirmou as conduções coercitivas de Rui Clemêncio Barbosa, que seria laranja em negócios da Prefeitura de Zé Doca, e de Francisco Jesus Silva Soares, que é empresário emissor de notas para os municípios de Zé Doca e Marajá do Sena.
"A operação está sendo realizada simultaneamente na capital e no interior do Estado. São duas operações, a 'Morta Viva' e a 'Marajá', com base no perfil dos nossos investigados. Informações sobre apreensões e prisões serão dadas na coletiva de impresa que será realizada às 15h, na Secretaria de Segurança", disse o delegado-geral de Polícia Civil Augusto Barros.
Após as prisões, realizadas por homens da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os suspeitos foram encaminhados para a sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).
Operação Imperador
No dia 31 de março, foi presa a ex-prefeita de Dom Pedro Maria Arlene Barros. Segundo a polícia, mais de R$ 5 milhões foram desviados da prefeitura entre 2009 e 2012. A suspeita é que o esquema teria desviado um total de R$ 100 milhões de 42 prefeituras do Maranhão.
No dia 1º, Eduardo Costa Barros, filho da ex-prefeita mais conhecido como "Eduardo Imperador", se apresentou na sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).
Segundo a polícia, em nome de Eduardo e de pessoas ligadas a ele, existem, pelo menos, dez empresas, a maioria no ramo de construção civil e locação de máquina. As empresas seriam usadas para fraudar licitações e desviar dinheiro da prefeitura de Dom Pedro. Eduardo nega que tenha tantas empresas e que tenha sido beneficiado. Os dois foram liberados seis dias após a prisão.
Entenda
A "Operação Imperador" é um desdobramento da "Operação Detonando", iniciada após o assassinato do jornalista Décio Sá. Em 2012, que prendeu os empresários Gláucio Alencar e José Miranda, pai e filho acusados de mandar matar o repórter e de comandar um esquema de agiotagem.

Na época, a polícia descobriu que o que motivou o assassinato foi uma postagem, no "Blog do Décio", referente à morte do agiota Fábio Brasil, no Piauí. Na operação, foram apreendidos carros de luxo, máquinas pesadas como tratores, documentos e descoberta uma conta com saldo de mais de R$ 5 milhões.

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