quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Vazamentos de depoimentos de Costa à Polícia Federal ocorreram em setembro, tornando as denúncias de corrupção na Petrobras um dos temas centrais na campanha eleitoral para a Presidência, que agora está em um segundo turno entre Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e Aécio Neves (PSDB)



Ex-diretor da Petrobras detalha esquema de propinas a PT, PP e PMDB em contratos


Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa durante depoimento na CPI da Petrobras. 17/09/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino
Costa afirmou ainda que o operador do PT no esquema era o então tesoureiro da legenda João Vaccari.
Sobre o PMDB, o ex-diretor da Petrobras afirmou que a diretoria Internacional da Petrobras era comandada pelo partido e repassava recursos do esquema à sigla. Segundo Costa, o operador peemedebista era Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.
No depoimento, Costa disse ainda ter conhecimento de que a Transpetro, subsidiária da Petrobras, também tinha um esquema de repasse de recursos a políticos.
O depoente não citou nomes de políticos que têm prerrogativa de foro, já que essas pessoas têm de ser julgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e o depoimento foi dado à Justiça Federal do Paraná.
Procurada, a Transpetro disse que não comentaria o caso por ora. Por parte da Petrobras, foi divulgada somente uma nota assinada pelo diretor de Serviços, José Eduardo Dutra, em que repudia a vinculação de seu nome às irregularidades e diz que seu nome foi citado somente uma vez por Costa em seu depoimento e sem relação com as denúncias.
No áudio, Costa cita o nome de Dutra ao afirmar que quando tornou-se diretor de Abastecimento em 2004 era Dutra quem presidia a Petrobras.
Procurado, o PMDB informou que não comentará o caso. O PT ainda não se pronunciou, enquanto representantes do PP não foram encontrados para comentar.
Vazamentos de depoimentos de Costa à Polícia Federal ocorreram em setembro, tornando as denúncias de corrupção na Petrobras um dos temas centrais na campanha eleitoral para a Presidência, que agora está em um segundo turno entre Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e Aécio Neves (PSDB).
(Por Eduardo Simões).

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