Sumiço de Madeleine McCann completa 7 anos com novas pistas
Menina britânica foi sequestrada em 3 de maio de 2007 no Algarve, em Portugal
Jornal do Brasil - Internacional
Prestes a completar sete anos, o desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann ainda é um mistério. As polícias da Grã-Bretanha e de Portugal ainda tentam encontrar o sequestrador da criança, em meio ao aparecimento de novas pistas, informações desencontradas e alarmes falsos.
Coincidência ou não, a polícia britânica acredita ter encontrado uma pista que poderia levar ao criminoso, cuja identidade ainda é desconhecida.
O ex-detetive da Scotland Yard, Peter Bleksley anunciou, no último dia 26 de abril, que uma camiseta feita especialmente para a cervejaria portuguesa Super Bock pode ajudar as autoridades a solucionar o caso, que chamou a atenção de todo o mundo.
Um dos suspeitos estaria vestindo a peça, de cor vinho, manga comprida e com um logo da cervejaria, no dia do desaparecimento de Madeleine. Segundo as testemunhas, o homem era velho, tinha pele bronzeada, cabelos escuros e um odor incomum - provavelmente de álcool e tabaco - além de uma barriga proeminente, o que indica que ele deveria ser frequentador de algum bar da região.
A teoria ganhou ainda mais força com a constatação de que as camisas promocionais da cervejaria mudam a cada ano, e que apenas clientes regulares dos bares portugueses são presenteados com a roupa.
O plano agora é checar os lugares onde a camisa foi distribuída, levantar os clientes que ganharam o brinde e descobrir quais deles apresentam semelhanças com o retrato falado do suspeito, feito com a ajuda de familiares de vítimas que sofreram abuso sexual na mesma região onde Madeleine sumiu.
Segundo a polícia, o criminoso teria abusado de ao menos outras 5 meninas britânicas, de 7 a 10 anos, entre 2004 e 2006, e invadido 12 propriedades na região da Algarve. Uma das vítimas, de 10 anos, foi atacada em 2005 no mesmo resort onde Madeleine havia se hospedado com os pais e os irmãos gêmeos na praia da Luz, na região do Algarve, em Portugal, em 2007.
Depois que esses casos vieram à tona, a polícia recebeu mais de 500 ligações de pessoas dispostas a ajudar nas investigações.
Segundo o jornal The Guardian, 38 homens constam na lista de suspeitos da Scotland Yard. Segundo o investigador-chefe Andy Redwood, as novas pistas são extremamente positivas, e a polícia de Portugal já pediu os arquivos dos cinco casos de abuso cometidos para análise.
Paralelamente a esta investigação, outra pesquisa está em curso. A polícia britânica examina 18 casos de invasão, 9 casos de abuso sexual e 3 tentativas de estupro de meninas britânicas de idades entre 6 e 12 anos, entre 2004 e 2006, cometidos por um homem, em apartamentos de turistas britânicos, na região oeste de Algarve.
Embora os ataques tenham sido registrados por investigadores portugueses, eles não consideraram os casos relevantes na época do desaparecimento de Madeleine porque não envolviam sequestro.
Embora as investigações envolvam as polícias de Portugal e da Grã-Bretanha, desentendimentos entre as duas corporações, assim como a grande burocracia que envolve o processo, têm impedido que as investigações possam avançar mais rapidamente. Detetives britânicos têm reclamado da lentidão do processo judicial e da pouca cooperação que têm recebido de seus colegas portugueses, que se recusam a formar uma equipe de investigação conjunta com a Grã-Bretanha.
Falsos suspeitos e falsas Madeleines
Os pais de Madeleine, os médicos Kate e Gerry, chegaram a ser considerados suspeitos da morte da filha, em 2007, mas foram absolvidos, em julho de 2008, por falta de provas que sustentassem a teoria de que eles estariam tentando esconder o fato de Madeleine ter sido morta acidentalmente.
A imprensa internacional comunicou que detetives britânicos, por meio da ajuda de cães farejadores, teriam encontrado provas da suposta morte da menina no porta-malas do veículo alugado pelo casal.
A própria polícia britânica também declarou que Madeleine havia sido vítima de um sequestro premeditado e chegou a divulgar vários retratos falados diferentes em programas de TV.
Um funcionário de um dos restaurantes do resort, onde Madeleine estava hospedada e que havia sido demitido por tentativa de roubo antes do desaparecimento da criança, também foi alvo de investigações em 2013, levando à reabertura do caso, arquivado em 2008, depois de uma longa investigação acompanhada de perto pela mídia internacional.
O médio Dereck Acorah, figura conhecida por participar de programas de televisão internacionais, disse, em 2012, ao jornal The Sun, que Madeleine estava morta e que reencarnaria em breve no corpo de outra criança, causando a ira à família da menina, que, segundo fontes próximas, o teria chamado de oportunista.
Em 2007, uma menina do Marrocos ficou famosa ao ser confundida com Madeleine. A foto, tirada por uma turista espanhola, de uma menina com características semelhantes às da garota britânica, foi largamente divulgada pela mídia da Grã-Bretanha, mas a descoberta da mãe da criança provou que essa era mais uma pista falsa.
A criança se chamava Bouchra e era natural de uma cidade próxima ao Marrocos. Os pais da menina chegaram a mostrar a certidão de nascimento dela para provar sua identidade.
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